A fabricante suíça de chocolate Lindt & Spruengli prevê que as vendas dos seus chocolates cresçam menos em 2022 do que no ano passado, devido aos constrangimentos que aconteceram na cadeia de distribuição.
A Lindt — fabricante das famosas esferas de chocolate — culpa os problemas sofridos na cadeia de distribuição no final de 2021, na América do Norte, pela diminuição do crescimento das vendas no novo ano, escreve a Reuters.
A empresa, que juntamente com outros fabricantes de chocolate viu uma queda na procura em 2020, disse, esta terça-feira, que recuperou as vendas em 2021, uma vez que as pessoas não só comeram mais guloseimas como compraram mais presentes para amigos e familiares que não tinham conseguido ver no auge da pandemia.
Além disso, os ganhos de quota de mercado impulsionaram as vendas orgânicas em 13,3% no ano passado.
Segundo a Lindt, os principais mercados europeus, bem como o negócio online, registaram um crescimento de dois dígitos. No entanto, os números na América do Norte abrandaram para 10,7% no ano inteiro, contra 18,8% no primeiro semestre.
Esta diminuição no crescimento “deveu-se em parte a constrangimentos temporários na cadeia de distribuição causados pela falta de mão-de-obra e materiais nos três locais de produção de Russell Stover”, disse a fabricante suíça de chocolate, numa declaração.
Apesar disso, “a escassez de mão-de-obra e de materiais está em grande parte confinada a Russell Stover e já melhorou desde o final do outono de 2021”, continuaram, referindo-se a uma das marcas norte-americanas do grupo.
“Foram iniciadas medidas para melhorar ainda mais a situação. Estamos confiantes de que se irá normalizar no primeiro trimestre de 2022”, concluiu a empresa.
Bruno Monteyne, analista da Bernstein, disse que o desempenho da Lindt foi impulsionado por um mercado de chocolate premium muito forte e ganhos de quota de mercado, com os resultados europeus e do resto do mundo a compensar a diminuição na América do Norte.
Olhando para o futuro, a empresa com sede em Kilchberg, Zurique, disse esperar que as suas vendas orgânicas cresçam 5% a 7% este ano, em linha com a orientação a médio e longo prazo.
A empresa confirmou a sua expectativa de apresentar uma margem operacional de “cerca de 14%” para 2021, quando divulgar os seus resultados completos a 8 de março.
Espera-se que a margem atinja 15% no próximo ano e depois aumente de 20 a 40 pontos base por ano a partir de 2023, disse a Lindt.