O Partido Socialista já está a mexer. As eleições internas para as concelhias e federações realizam-se no início do próximo ano.
Pedro Nuno Santos, ministro da Infraestruturas, saiu do núcleo duro do Governo, mas não perdeu influência no partido e, segundo a Renascença, já está a fazer o seu caminho nas estruturas do partido.
Fontes do PS garantiram à rádio que Pedro Nuno Santos “não está parado” e que “aproveita as saídas como ministro para depois contactar com as concelhias”. As eleições internas estão previstas para os primeiros meses de 2020, a guerra está aberta e o partido começa a mexer: Pedro Nuno luta para chegar ao topo das estruturas, sobretudo a norte.
Apesar de mais discreto, fontes garantiram à Renascença que o seu “poder interno” no partido “está maior”. Aliás, este poder estará a estender-se para além do aparelho, já que, segundo relatam algumas fontes, Pedro Nuno “tem operacionais em quase todos os gabinetes ministeriais”.
O “Pedronunismo” tem, para já, vários objetivos: além de marcar terreno nas concelhias e federações, quer ir com bases sólidas para o congresso de maio e com um olho já nas autárquicas de 2021.
A aposta do ministro é em Braga, Viseu, Porto e Aveiro, o distrito de onde é natural. Fonte socialista ouvida pela Renascença prevê que “a norte vai ser uma razia“, o que pode indicar uma autêntica disputa norte/sul entre “pedronunistas” e a linha oficial do partido.
Ainda assim, a chegada do “pedronunismo” ao topo das concelhias e das federações é vista como “natural”, tratando-se da “chegada natural da geração dos quarentas do PS à direção das diferentes estruturas” socialistas.
Tudo acontece num clima calmo, sobretudo sem importunar a relação de Pedro Nuno Santos com o primeiro-ministro, António Costa. De acordo com várias fontes, desde o congresso de 2018, “as relações esfriaram” entre ambos.
Em fevereiro, Nuno Santos passou de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares a ministro das Infraestruturas, abandonando o núcleo duro da negociação e da decisão política. Não estar no centro das decisões, causa-lhe algum desconforto.
O congresso nacional do partido deverá realizar-se em finais de maio. Mas antes, nos primeiros meses do ano, será altura para as eleições nas concelhias, federações e congressos distritais.
O povo começa é a ficar inquieto é com o resultado que deu o Antocostanismo e o Centenonismo, “saúde, ensino e segurança”, agora virá mais o Pedronunismo para compor o ramalhete.