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O “doomscrolling” estraga o sono. Mas muitos não escapam

Ecrãs na cama: mais de um terço usa mais de três dispositivos quando vai dormir. Mais de metade sabe que o sono é afectado.

Olhar para ecrãs na cama, ir “dormir” com o telemóvel. Muitos prometem que nunca mais o farão, mas cumprir a promessa é um problema.

O inquérito mais recente da NordVPN, empresa de cibersegurança, procurou saber a rotina de mais de 15 mil pessoas, espalhadas por diversos países (Portugal não entrou no estudo).

83% dos inquiridos levam o seu telemóvel ou computador para a cama, lê-se no comunicado enviado ao ZAP.

Um dado que talvez surpreenda, ou até assuste: mais de um terço usa mais de três dispositivos na cama (sobretudo telemóvel, televisão e computador, por esta ordem); outro terço utiliza um dispositivo na cama.

Agora sem surpresas, o telemóvel é o dispositivo que vai mais vezes dormir com a pessoa: 88% dos casos. Seguem-se televisores (43%) e portáteis/computadores (33%).

Igualmente sem surpresas, a maioria dos inquiridos (60%) navega nas redes sociais quando vai para a cama. 58% consultam o e-mail e leem SMS. Também há espaço para vídeos, programas de TV e filmes, notícias, conversas, meteorologia e ouvir música e podcasts.

Entre os que utilizam dispositivos na cama, mais de metade (56%) acha que a qualidade do seu sono será afectada por causa disso – mas não deixa o vício.

Há um dado muito relevante neste estudo: uma percentagem alta (39%) dos inquiridos, antes de adormecer, lê notícias negativas na internet. É o chamado doomscrolling, o percorrer notícias e mais notícias, sobretudo que nos “deitam abaixo”. Isso causa emoções negativas, quer quando ainda estão acordados, quer quando dormem.

Quase metade (47%) tem noção de que fazer scroll é uma perda de tempo – mas, mais uma vez, não resistem e andam a navegar pelo telemóvel antes de adormecer. E é raro fazerem alguma coisa para mudar a situação.

O modo de descanso é utilizado por um terço dos inquiridos.

ZAP //

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