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Paul Roberts, ex-CEO da extinta Kubient
Paul Roberts, diretor executivo de uma empresa de tecnologia de publicidade com IA que prometia resolver o “problema crescente da fraude” na publicidade online, foi condenado por um esquema de contabilidade fraudulenta.
Em maio de 2024, o site empresa de tecnologia de anúncios Kubient anunciava que a empresa era “uma mistura perfeita” de veteranos e programadores de anúncios, “empenhados em resolver o problema crescente da fraude” nos anúncios digitais.
Tal como muitos sites de empresas, também ligava a posts de blogues antigos a partir da sua página inicial, incluindo um post de maio de 2022 sobre “Como criar um mundo livre de fraudes: O ingrediente secreto da Kubient“.
Fundada em 2017, a empresa especializou-se em plataformas de publicidade programática e na deteção de fraude.
Atualmente, o site da Kubient está inacessível, a equipa já não existe e o diretor executivo Paul Roberts deverá cumprir um ano e um dia de prisão, depois de se ter declarado culpado, na quinta-feira, de ter criado o seu próprio pequeno mundo de fraude, nota a Ars Technica.
Roberts, de 48 anos, poderia ser condenado a até 20 anos de prisão por uma única acusação de fraude em valores mobiliários.
De acordo o processo apresentado pelos procuradores federais, o CEO planeou criar 1,3 milhões de dólares em declarações de receitas fraudulentas para reforçar o IPO da empresa – a sua oferta pública inicial em bolsa — e sobrevalorizou significativamente ferramenta de inteligência artificial “KAI” da Kubient.
O cerne do caso é uma jogada do tipo “eu pago-te, tu pagas-me” que Roberts iniciou com uma empresa satélite não identificada, segundo os procuradores.
A Kubient e esta empresa faturariam uma à outra montantes quase idênticos, com a Kubient a utilizar a KAI para encontrar casos de fraude nos gastos com publicidade da outra empresa.
Segundo o Ministério Público, Roberts “deu instruções aos funcionários da Kubient para criarem relatórios falsos da KAI com base em métricas inventadas e sem quaisquer dados subjacentes”.
Estes relatórios falsos ajudaram a vender a história a auditores independentes e a registar as receitas sintéticas nas demonstrações financeiras, segundo a acusação de Roberts.
Antes do IPO da empresa, em agosto de 2020, a Kubient tinha apresentado um relatório com dados que apontavam para que tivesse havido durante o ano de 2019 uma perda de 42 mil milhões de dólares em fraudes. No ano seguinte, a Kubient deu o seu contributo à estatística — juntando-lhe 1.3 milhões de dólares.
É como o chega