Nuno Melo já tem um plano contra a “pré-falência” das Forças Armadas

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António Pedro Santos / Lusa

O ministro da Defesa, Nuno Melo

O Governo pretende avançar com um pacote para reter militares e um outro para apoiar os antigos combatentes.

O novo Governo já delineou duas prioridades cruciais no setor da Defesa para o curto prazo: a implementação de um pacote de medidas para a valorização e retenção de militares nas Forças Armadas e um segundo pacote focado na valorização dos antigos combatentes.

As medidas estão a ser desenvolvidas com a participação de altos comandantes militares e o presidente da Liga dos Combatentes, revela o DN.

A prioridade dada à “valorização e atualização dos incentivos ao recrutamento e retenção de militares” surge em resposta ao problema das Forças Armadas de atrair e manter carreiras profissionais sólidas.

O Ministério da Defesa, agora chefiado por Nuno Melo, propõe várias medidas, incluindo a melhoria das condições salariais, especialmente para as categorias de praças, o alargamento do apoio social aos militares e o reforço dos incentivos para militares contratados, além de explorar novas formas de recrutamento voluntário.

Este pacote de medidas também se estende à modernização tecnológica e à capacitação produtiva da indústria militar portuguesa, com o objetivo de garantir a operacionalidade das forças tanto a nível nacional quanto internacional.

Por outro lado, o segundo foco governamental é a valorização dos antigos combatentes. Este esforço envolve a reavaliação e o potencial aumento dos apoios oferecidos, com várias propostas já apresentadas pela Liga dos Combatentes e pelo PCP, incluindo a criação de um complemento vitalício de pensão e uma pensão mínima de dignidade para aqueles que recebem menos do que o salário mínimo nacional.

Este novo impulso para a reforma nas Forças Armadas surge após uma fase de aparente desvalorização do setor desde 2016, agravada por decisões políticas que excluíram as carreiras militares de revisões estatutárias importantes, como as realizadas para os magistrados judiciais em 2019.

A necessidade de investimento no setor foi ainda mais enfatizada pela “pré-falência” das Forças Armadas, uma condição alertada por ex-chefes do Estado-Maior e reconhecida pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

As novas medidas vão agora ter de enfrentar o desafio de serem implementadas num contexto de restrições orçamentais, como nota o próprio Programa do Governo.

ZAP //

2 Comments

  1. Querem ver que vai revender os Submarinos a preço Low-Cost aos Alemães , para remediar economicamente a pretendida falência das forças armadas ? …o Portas vai ficar fulo !

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