Nuno Álvares Pereira é o centro de um filme que só pode ser visto por quem entrar num Centro

(dr) Fundação Aljubarrota

Nuno Álvares Pereira não é sobre a batalha, mas vai passar apenas no Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota.

A ideia já tinha sido anunciada em Setembro de 2022: um filme sobre D. Nuno Álvares Pereira. A cooperação entre Câmara Municipal de Ourém e Fundação Batalha de Aljubarrota foi assinada há quase três anos.

Previa-se um apoio financeiro da Câmara de Ourém de 30 mil euros. O filme espetáculo – que custou 1,4 milhões de euros – está pronto e vai estrear nesta terça-feira.

A data de estreia, 24 de Junho, coincide com a provável data de nascimento de Nuno Álvares Pereira, em 1360.

D. Nuno Álvares Pereira, o “Condestável”, foi um cavaleiro destemido, liderou diversas vitórias portuguesas no século XIV e foi decisivo na Batalha de Aljubarrota, onde Portugal defendia a sua independência perante e ameaça de Castela.

Nuno Álvares Pereira é o filme de 45 minutos que retrata a sua vida, em diversas facetas. Não é sobre a batalha, mas vai passar apenas no Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota. Só quem entra no Centro é que pode ver o filme.

António Ramalho, o presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, lembra na TSF que Nuno Álvares Pereira é uma “figura absolutamente ímpar em Portugal, no papel que teve na Revolução de 1383-85″.

“Primeiro, como Condestável, onde foi um general, um soldado que se mostrou verdadeiramente invencível, mas sobretudo um construtor de táticas ousadas, um nível de preparação absolutamente incomum, e no próprio resultado. Ficou sempre com a imagem do invencível, porque foi sempre invencível”, recordou.

Além disso, tinha a “sua figura de senhor feudal que, de alguma maneira, se adaptou a um feudalismo quase inexistente em Portugal e, portanto, um ajustamento que teve que fazer mesmo na origem da Casa de Bragança que ele representou”.

Além disso, teve a “enorme curiosidade” de ser santificado (pelo Papa Bento XVI), até porque “não é muito comum os generais serem santificados”. Mas, recorde-se, depois da vida militar Nuno Álvares Pereira, passou a ser o “Santo Condestável”, ou “beato Nuno de Santa Maria” – porque abraçou a vida religiosa, mandou construir o Convento do Carmo em Lisboa, entrou depois no convento, onde viria a morrer; e doou todos os seus bens.

António Ramalho tem noção de que este filme foi caro, mas teve uma grande ajuda dos mecenas: pagaram 69% do custo do filme.

Agora pode ser visto como um “espetáculo imersivo, de multimédia”.

ZAP //

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