“Desta vez não os estamos a proteger”. Nunca tantos idosos estiveram infetados com covid-19

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Luís Forra / Lusa

O número de casos de covid-19 entre pessoas com mais de 80 anos atingiu máximos históricos em Portugal, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Nunca houve tantos casos de covid-19 entre idosos como agora. Este é um fenómeno que não acompanha a tendência geral, já que entre 24 e 30 de maio, registaram-se menos 15.479 infeções comparativamente ao período anterior.

A 25 de maio, chegou-se a um novo recorde de 1.508 casos em pessoas com mais de 80 anos, segundo o Observador. Embora o número tenha baixado desde então, os últimos dados apontam para os 1.443.

Preocupante é também o facto de a incidência a sete dias por 100 mil habitantes na faixa etária acima dos 80 anos equiparar-se à incidência geral de infeções no país.

Até agora, isto não se tinha verificado, sendo que a incidência nos idosos era sempre bastante mais baixa. Só tinha acontecido algo do género quando o número de casos estava em níveis mínimos.

A mortalidade acompanha o número de casos. Só nos primeiros quatro dias de junho morreram tantos idosos por covid-19 como em junho de 2020 e 2021 juntos.

O número de casos detetados diariamente em Portugal corresponde a 42 vezes o que era em junho do ano passado. Enquanto isso, o número de óbitos é agora quase 37 vezes maior do que era há um ano.

“O problema desta vaga está nos idosos”, diz Carlos Antunes, engenheiro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. “Não os conseguimos proteger desta vez”. Da média de 290 óbitos diários na última semana, 91% têm pelo menos 70 anos.

A administração da segunda dose de reforço, que começou há três semanas, pode ser um fator decisivo para travar o crescente número de casos e óbitos entre os idosos.

O problema é a diminuição da adesão ao plano de vacinação, que pode levar a um abrandamento do processo de inoculação entre a população mais velha.

Paralelamente, a capacidade que os hospitais têm tido para conseguir responder à pressão exercida pela pandemia será crucial para evitar um descontrolo maior nesta vertente.

“Os internamentos gerais estão a estabilizar, em cuidados intensivos parece mesmo haver abrandamento no crescimento”, diz Óscar Felgueiras, matemático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, ao Observador. “A situação está controlada nos serviços de saúde, em rigor não há um risco de grande aumento nesta pressão”.

Há agora 1.991 doentes covid, menos 101 face à semana passada. Nos cuidados intensivos encontram-se 108 infetados, mais um do que no balanço anterior.

ZAP //

11 Comments

  1. Aqui ninguém consegue explicar porque somos o país da europa com maior índice de mortes e infectados, apesar de também sermos o país mais vacinado.

    • Precisamente por estarmos vacinados e pensarmos que isso é suficiente. País de ignorantes que só provam não terem ainda entendido nada relativamente à pandemia.
      Quando assim acontece, terão de ser os governantes a impor as regras. Confiaram no bom senso do zé povo para não serem vistos como exagerados e prepotentes, mas só estão a dar provas que entre eles e o zé não há diferença. A casta é a mesma.

  2. As vacinas são um engodo, uma ilusão! Como se explicam as mortes e as novas doenças que vieram com elas,? Como aceitamos um presidente da república e um governo destes? Eu tenho vergonha!

  3. Isto assim não pode ser, o que é estão á espera paa repor a mascara nos centros comerciais e outros espaços fechados?

    Vergonhoso ! Estamos outra vez no podio mundial pelas piores razões!

  4. Ana, não são as vacinas que estão a transmitir a doença nem a matar. É sim o descuido involuntário ou propositado(?) de grande parte, para não dizer da maior parte, das criaturas, que andam cá sem saber bem porquê.
    Quanto ao Presidente da República e ao Governo, quer os aceitemos quer não como tal, eles são legítimos, pois foram eleitos pelo povo. O mesmo povo que expande a pandemia.

    • Como explica que pessoas com todas as doses, uso constante de máscara e todos os cuidados e mais alguns, esteja infetada pela 3ª vez e cada vez de forma mais grave e que acabe por ter que ir para o hospital?

      Qual é a sua explicação para isso? Sabe o que é o sistema imunitário, sabe como funciona? O sistema imunitário entra em contacto com um copo estranho e cria as proteínas necessárias para o neutralizar e eliminar, isso era o que as vacinas faziam e muito bem.

      Esta nova tecnologia, ensina o organismo a criar uma das 4 partes do vírus, e ignora as outras 3.

      Esta produção não é controlada e é aleatória e não se sabe os efeitos que poderá ter no sangue. Os dados usados pela PFZ, já foram comprovados como tendo sido forjados propositadamente, assim comos os efeitos

      • Costumo dizer que a quem pergunta de nada servem as respostas. De resto não tenho que lhe explicar nada, a não ser acrescentar que pode encontrar a explicação, em parte, no primeiro parágrafo dos meus anteriores comentários.
        Quanto a saber o que é o sistema imunitário, qualquer cidadão que se interesse minimamente por si próprio tem alguma noção do que seja. No meu caso, que já cá ando há 80 anos, tenho obrigação de estar por dentro do assunto. Fui enfermeiro, na vida militar, trabalhei em hospitais militares e cumpri uma comissão de dois anos e pouco nas matas do norte de angola, nos anos 60.
        Nesse tempo, por força da situação, sujeitei-me a várias vacinas, reforçando a do tétano até aos dias de hoje. Mas sempre soube que as vacinas não são 100% eficazes. Mesmo vacinado, qualquer individuo continua sujeito a contrair a doença contra a qual foi inoculado.
        Ora uma das causas de a COVID não nos deixar em paz é as pessoas pensarem que por terem sido vacinadas estão livres desse mal, passando a andar à vontadinha por onde calha, com quem calha e como calha.
        Mesmo com todos os cuidados: máscara, desinfectante no bolso e desvios, é possível que se contraia a doença. É que esses cuidados, que são fundamentais, podem não ser suficientes. O rosto, testa, orelhas, cabelos, pescoço podem estar infectados, sendo necessário descontaminá-los também. Mas muito pouca gente fará isso.
        Também as compras que fazemos têm que passar pela mesma limpeza. Pouca gente o fará.
        Frequentar restaurantes, bares, cafés e similares nunca foi seguro. E neste momento é objectivamente perigoso.
        Até ao início de Maio, o número de infectados eram apenas números. Hoje são pessoas, pessoas que conheço, familiares, amigos, parentes, vizinhos ou apenas conhecidos. Uns atrapalhados, outros sem grandes preocupações e outros que partem.
        Andar a discutir as vacinas já não interessa. Importa é ter-se consciência do problema, ser-se responsável para não se andar por aí a disseminar o vírus feito terrorista.
        Não estou vacinado, mas procuro agir em conformidade.

  5. Muita coisa está por esclarecer começando pela eficácia das vacinas e acabando nas medidas tomadas pelos governantes! Com o passar do tempo mais são as dúvidas do que as certezas!

  6. A menos que vivam num País diferente do meu, os mais idosos continuam a usar máscara e desinfetante constantemente, mesmo quando não têm de o fazer. Uma grande maioria vai sozinha na rua e vai de máscara. Já o facto dos que têm mais de 80 anos, serem os que já tomaram um reforço extra, é facto incontornável. Já é hora de olhar para a medicina e a ciência real e parar de acreditar nos dogma que agora criaram, isto é ciência não é religião.

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