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Task force concorda que número de mortos e internados vacinados seja divulgado

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A sugestão apresentada pelo presidente da Assembleia da República, de se divulgar os dados da vacinação nos internamentos e óbitos por covid-19, “é muito sensata”, defendeu o coordenador da task force do plano de vacinação.

Em declarações à comunicação social à margem de uma iniciativa de sensibilização para a vacinação com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), no Parque das Nações, em Lisboa, Gouveia e Melo elogiou a ideia formulada por Ferro Rodrigues na reunião de peritos no Infarmed e reiterou a importância de transparência para com a população.

“Acho que é uma sugestão muito sensata, no sentido em que não há nada como informar a população. Nós não temos de esconder nada, temos de informar a população, porque a população não pode ser infantilizada. A população sabe decidir. As pessoas sabem decidir e, se tiverem boa informação, irão decidir da melhor forma possível”, referiu.

Questionado sobre o estudo que apontava para as reservas relativamente à vacinação em cerca de 25% das pessoas que ainda não foram vacinadas, o líder do processo de inoculação salientou que esta “estatística é muito enviesada” e reiterou a sua convicção numa adesão sem reservas à vacinação.

“O que posso dizer é que sempre que fechamos uma faixa etária, temos 1% ou 2% de pessoas que não foram vacinadas nessa faixa etária. Portanto, não temos nenhum sintoma que haja uma recusa forte da vacinação, que haja alguma falta de adesão à vacinação. Pelo contrário: temos a sensação de que, quanto mais vamos vacinando e mais se vê o resultado da vacinação, mais as pessoas querem ser vacinadas”, frisou.

Por outro lado, Gouveia e Melo fez questão de deixar um alerta aos portugueses, ao avisar que “ninguém vai escapar ao vírus” e que “só por milagre” é que tal poderá acontecer, sobretudo com a elevada transmissibilidade da variante Delta.

“A probabilidade de nós termos contacto com o vírus é muito elevada. Há duas formas: esperar que a sua imunidade natural consiga resistir ao vírus ou esperar que uma imunidade adquirida através de um processo de vacinação o ajude a resistir ao vírus. Isso é uma responsabilidade que cabe a cada pessoa, porque o processo de vacinação é voluntário. Cabe aos pais e cabe a nós, enquanto adultos”, asseverou.

E concluiu: “Ainda há muita gente com o vírus e depois de vacinarmos todas as pessoas ainda vai ficar uma percentagem muito grande de crianças por vacinar. E essas pessoas são suficientes para manter o vírus endémico na sociedade, portanto, nós não vamos escapar ao vírus. A única forma de nos protegermos de forma inteligente e científica do vírus é sendo vacinado“.

// Lusa

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