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Novos desempregados vivem nos concelhos mais industriais. Mais de metade num concelho

Crescimento do desemprego no último ano é mais acentuado no Norte, entre mulheres. Concelho de Guimarães surge em destaque, pela negativa — soma mais de metade dos novos desempregados em Portugal.

Nos últimos 12 meses, Portugal enfrenta uma crescente onda de desemprego, especialmente acentuada no Norte do país.

As indústrias têxtil e de calçado, concentradas principalmente na região Norte, são as mais afetadas — um reflexo de um arrefecimento nos mercados europeus e a nível global que terá levado a uma redução significativa nas encomendas, segundo o JN.

O concelho de Guimarães lidera as estatísticas com o maior crescimento do número de desempregados desde julho do ano passado. A região ganhou 5.415 novos desempregados, mais de metade dos 10.578 registados em todo o país.

No setor do couro, o aumento do desemprego foi de 15,4% em relação a julho de 2022. O setor têxtil e de vestuário registou um aumento do desemprego superior a 12%.

Segundo o IEFP, o desemprego cresceu mais entre as mulheres com ensino secundário, dos 35 aos 54 anos, devido à caducidade de contratos temporários.

Para contrariar esta situação, o Governo prepara-se para suportar parte dos salários dos trabalhadores parados. Desde abril, o Ministério do Trabalho negoceia com o setor um programa de formações do IEFP, a ser implementado a partir de setembro e com duração prevista até ao final do ano.

O JN sabe que se trata de um programa dirigido aos trabalhadores das indústrias afetadas pela quebra de encomendas, nas quais se inclui o têxtil e vestuário. A ideia é que o IEFP financie uma parte dos salários, desonerando as empresas que, de outra forma, teriam de recorrer ao lay-off ou despedir.

Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, indica que o Governo tem “procurando avaliar e implementar respostas rápidas e necessárias para os trabalhadores e as empresas”.

ZAP //

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