EPA / STRINGER

Vendedores de rua junto a um edifício colapsado após o sismo de 28 março, e, Mandalay, Myanmar – 12 de abril de 2025
Um terramoto de magnitude 5,5 sacudiu hoje o centro-norte de Myanmar, numa altura em que o país sofre as consequências do sismo que matou em março mais de 3.600 pessoas. Não há ainda danos materiais ou vítimas mortais registadas.
O tremor, foi registado às 08:54 horas locais (03:24 em Lisboa) a uma profundidade de 7,7 quilómetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que mede a atividade sísmica em todo o mundo.
O epicentro do sismo localizou-se a cerca de 100 quilómetros a sul de Mandalay, a segunda cidade de Myanmar (antiga Birmânia) e uma das mais atingidas pelo sismo de 28 de março, o maior no país desde 1912.
Até ao momento, não foram registados danos ou vítimas no país, onde milhares de pessoas continuam a dormir nas ruas das zonas devastadas pelo terramoto de março, e milhares de edifícios colapsaram em segundos e foram reduzidos a montanhas de escombros.
O forte terramoto, seguido de várias réplicas, matou pelo menos 3.600 pessoas e feriu gravemente 5.017, de acordo com o último balanço da junta militar, que se debate com problemas logísticos e escassez de ajuda.
Cerca de 8,5 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo terramoto de março, que motivou a declaração de emergência em seis regiões, provocou a derrocada ou danos parciais em quase 21.800 casas, 805 edifícios de escritórios, 1.041 escolas, 921 mosteiros e conventos, 1.690 pagodes, 312 edifícios religiosos, 48 hospitais e clínicas e 18 hectares de plantações, segundo a junta militar..
Na sequência da catástrofe, tanto os militares golpistas como a oposição armada e outras guerrilhas étnicas declararam um cessar-fogo temporário para facilitar a distribuição da ajuda humanitária.
Apesar do cessar-fogo declarado pela junta militar, os grupos que se opõem ao regime denunciaram mais de 60 ataques aéreos e de artilharia na sequência do terramoto.
Equipas internacionais de socorristas, incluindo de países como Estados Unidos e Japão, estão ainda a participar nos esforços de salvamento, com um segundo contingente de 37 especialistas destacados hoje para continuar a remover os escombros e a procurar os desaparecidos.
ZAP // Lusa