A revista científica especializada Nature Astronomy acaba de publicar novas informações sobre o cometa 2I/Borisov, o segundo objeto interestelar até agora detetado – é o “novo” Oumuamua.
O novo artigo, publicado na Nature esta quinta-feira, confirma que o corpo celeste vem de fora do Sistema Solar e não é muito diferente dos cometas dos cometas do Sistema Solar. Tal como observa o portal Gizmodo, o 2I/Borisov é surpreendentemente familiar.
O primeiro objeto interestelar, o asteróide Oumuamua (“mensageiro”), com a forma de um charuto, foi detetado em 2017 com um telescópio no Havai, nos Estados Unidos. O novo cometa foi identificado pelos especialistas depois do alerta, a 30 de agosto, de um astrónomo amador, Gennadiy Borisov, natural da Crimeia, para um objeto estranho no céu.
Após análises aos dados recolhidos, mediante observações com telescópios em Espanha e no Havai, astrónomos profissionais concluíram que o objeto provém de outro sistema solar, desconhecido, dada a sua órbita.
O cometa é formado essencialmente por poeira ligeiramente avermelhada, na cauda, tendo o seu núcleo sólido cerca de um quilómetro de raio. Precisa o jornal Público que o 2I/Borisov é avermelhado, de cauda curta e com uma longa cabeleira, fazendo lembrar a cor e a morfologia dos cometas nativoss do Sistema Solar.
“O 2I/Borisov é um cometa com uma órbita altamente hiperbólica, o que significa que veio do espaço interestelar”, revelou um dos líderes da investigação, Piotr Guzik, da Universidade Jaguelónica, na Polónia, em declarações ao mesmo diário.
“Morfologicamente, parece um cometa típico do nosso Sistema Solar e a sua cor também é compatível com a que observamos nos cometas do nosso sistema”, acrescentou.
Quanto às comparações com o primeiro corpo interestelar, os cientistas frisam que o 2I/Borisov é maior e mais brilhante do que o Oumuamua.
O cometa “2I/Borisov” poderá ser observado melhor em dezembro quando estiver ainda mais próximo do Sol. “Nesse encontro, o cometa poderá ser observado sobretudo por telescópios profissionais, mas mesmo assim parecerá muito ténue. Poderá ser detetado por astrofotógrafos amadores, mas não será visível mesmo em telescópios amadores grandes”, disse ainda Piotr Guzik, citado pelo jornal Público.
ZAP // Lusa