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Novo método de diagnóstico aumenta sobrevivência a cancro do pâncreas

Paolo Piccoli / Flickr

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Um grupo de investigadores suecos desenvolveu um novo método para o diagnóstico de cancro pancreático num estágio muito mais cedo do que é atualmente possível, anunciou hoje a Universidade de Gotemburgo.

O teste deteta os primeiros sinais da doença mortal com 97% de precisão e os investigadores esperam que ajude a melhorar a baixa taxa de sobrevivência entre os pacientes diagnosticados.

Apenas 5% dos pacientes com cancro pancreático sobrevivem mais de cinco anos após a doença ser diagnosticada, com os tumores a desenvolverem-se frequentemente sem serem detetados e a espalharem-se a outros órgãos antes do diagnóstico.

“Estamos muito esperançosos de que o método permita mais casos de descoberta precoce do cancro do pâncreas numa fase em que pode ser tratado ou prevenido”, afirmou Karolina Jabbar, uma das investigadoras envolvidas no estudo da Academia Sahlgrenska, num comunicado citado pela agência de notícias francesa AFP.

Sahlgrenska Academ / University of Gothenburg

Karolina Jabbar, investigadora da Academia Sahlgrenska / Gotemburgo

Karolina Jabbar, investigadora da Academia Sahlgrenska / Gotemburgo

O teste funciona como uma endoscopia normal, através da inserção de um tubo na boca do paciente e fazendo-o descer até ao estômago.

“A diferença é que o tubo tira imagens ultra-som, pelo que é possível ver o órgão muito melhor e, depois, consegue-se retirar os fluidos”, explicou Jabbar.

Os investigadores esperam que este procedimento possibilite a deteção de cancros em fases mais embrionárias, ao mesmo tempo que reduz o risco de cirurgias não necessárias.

No início deste ano, investigadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, afirmaram ter descoberto um tratamento que poderia eliminar o cancro de pâncreas em cerca de uma semana.

O cancro de pâncreas, um dos mais letais e difíceis de combater, é a oitava causa mais comum de mortes por cancro no mundo. Afecta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas com idade acima dos 60 anos.

ZAP / Lusa

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