O Novo Banco fechou este primeiro semestre de 2020 com um prejuízo de 555 milhões de euros, um agravamento de 38,8% face ao mesmo período de 2019.
Em causa está ainda o legado deixado pelo BES, que fará com que o banco faça uma nova chamada de capital de, pelo menos, 176 milhões de euros.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por António Ramalho assinalou que os prejuízos se justificam “em 91% pelas perdas de -260,6 milhões de euros resultado da avaliação independente aos fundos de reestruturação” e “138,3 milhões de euros de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia covid-19”.
De acordo com o documento, o Novo Banco justifica os prejuízos com perdas de 78,7 milhões de euros “relacionados com a cobertura de risco de taxa de juro de títulos de dívida pública portuguesa” e 26,9 milhões de euros no “reforço da provisão para reestruturação”.
Além disso, o documento citado pelo Público revela que o Novo Banco registou perdas de 493,7 milhões de euros, “que refletem a prossecução do processo de deleverage [desalavancagem] de créditos, imóveis e outras exposições legacy [legado] que estavam no balanço do Banco em 2016”.
Face às perdas, “o Novo Banco estima, a esta data e para este período de seis meses, um montante a receber de 176 milhões de euros ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente”.
ZAP // Lusa