Erros na prescrição obrigam a novas medidas de segurança para medicamentos para cancro e doenças inflamatórias

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomenda novas medidas de segurança para evitar erros na prescrição e administração de medicamentos com metotrexato.

Devido a erros de prescrição, a Agência Europeia do Medicamento recomenda novas medidas de segurança para medicamentos com metotrexato, indicados para casos de cancro e doenças inflamatórias, que, segundo o Infarmed, já provocaram mortes.

“Na sequência de erros na prescrição, na dispensa e na administração destes medicamentos pelos doentes ou cuidadores, têm-se verificado situações em que os doentes com doenças inflamatórias tomam este medicamento todos os dias, em vez de semanalmente, o que tem levado à ocorrência de reações adversas graves, incluindo casos fatais”, escreve o Infarmed, citado pela TVI24.

Nas doenças inflamatórias, como a artrite e a psoríase, estes medicamentos são administrados uma vez por semana. No entanto, para determinados tipos de cancro, é necessária a administração mais frequente de doses superiores.

Os erros de prescrição e administração já eram conhecidos, mas os casos de reações graves continuam a ser reportados. Assim, para evitar estas situações, a EMA e o Infarmed recomendam que estes medicamentos sejam apenas prescritos por clínicos com experiência na sua utilização e pedem que os médicos se certifiquem que o doente, ou o seu cuidador, compreende o esquema de administração.

Além disso, recomendam que a forma em comprimido destes medicamentos seja disponibilizada em embalagens contendo blisters, e não em frascos (ou tubos), para permitir que os doentes façam o acompanhamento da toma semanal.

O metotrexato está indicado, dependendo da dose administrada, para o tratamento de doenças inflamatórias e para o tratamento de doenças oncológicas. Em Portugal estão autorizados os seguintes medicamentos contendo metotrexato: Fauldexato, Jylamvo (oral), Ledertrexato (oral), Metex, Metex PEN, Metotrexato Accord, Metotrexato Actavis, Metotrexato Teva e Nordimet

ZAP // Lusa

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