Nova denúncia de assédio sexual contra professor da FDUL que apoiava “todas as causas”

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José Sena Goulão / Lusa

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Relato de uma vítima indica que o docente tentava falar com as alunas nas redes sociais e convidá-las para encontros.

A denúncia de casos de assédio sexual na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa continua, chegando desta vez ao docente de Filosofia de Direito João de Freitas Mendes. De acordo com o Observador, o professor, em início de carreira, contactava as alunas através das redes sociais, convidando-as para encontros. Caso  estas deixassem de responder ou recusassem as propostas, o professor partia para os insultos.

O processo foi descrito por uma das estudantes à CNN Portugal, que preferiu manter o anonimato. Segundo relato, as recusas em “beber café” ou “uma cerveja” poderiam valer às alunas ofensas como “prepotentes e arrogantes“.

Apesar deste comportamento, o docente mantinha uma postura “simpática” e mostrava-se “apoiante de todas as causas“, tendo participado nas manifestações que se seguiram às primeiras denúncias de assédio sexual, juntamente com as alunas. “É o meu dever como cidadão, porque acho que a causa deles é justa“, disse o mesmo docente, na altura, quando foi entrevistado pela CNN.

Perante esta contradição, a aluna diz não ter “palavras para descrever“, assumindo-se “constrangida”. “Ele ainda parece que, de facto, se preocupa, só que depois rapidamente começam os problemas.” Ainda segundo a CNN, na primeira semana em que foi disponibilizada a plataforma para as denúncias anónimas foram registadas mais de 70 queixas.

ZAP //

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