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Nobel da Economia distingue escocês Angus Deaton por trabalho sobre consumo e pobreza

Princeton

Angus Deaton, Nobel da Economia 2015

Angus Deaton, Nobel da Economia 2015

O Prémio Nobel da Economia foi atribuído ao escocês Angus Deaton, microeconomista de 69 anos.

De nacionalidade britânica e norte-americana, Deaton recebeu o Nobel da Economia pelo seu trabalho sobre o consumo, em particular associado à pobreza, anunciou o comité Nobel esta segunda-feira.

O professor, que nasceu na Escócia e trabalha nos Estados Unidos na Universidade de Princeton, tem-se dedicado à área do desenvolvimento económico.

Foi distinguido “pela sua análise do consumo, da pobreza e do bem-estar”, indicou o júri em comunicado.

“Para elaborar políticas económicas que promovam o bem-estar e reduzam a pobreza, devemos primeiro perceber as escolhas de consumo individuais. Angus Deaton melhorou esse entendimento melhor do que ninguém”, afirmou a Real Academia de Ciências.

Relacionando as escolhas individuais específicas e os resultados coletivos, a sua investigação contribuiu para transformar os domínios da microeconomia, da macroeconomia e da economia do desenvolvimento”, acrescentou.

A obra de Deaton gira em torno de três questões essenciais: como os consumidores repartem as suas despesas, quanto se poupa e quanto se gasta no conjunto da sociedade e por fim como avaliar o bem-estar individual.

Estas questões levaram a uma análise de “problemas como a relação entre o rendimento e a quantidade de calorias consumida e a dimensão da discriminação entre os sexos no seio da família”.

Em 2014, o Nobel da Economia distinguiu o francês Jean Tirole pela análise da regulação de mercados, mas os norte-americanos dominam a lista de premiados dos últimos anos.

Segundo a AFP, este ano, três professores de universidades dos Estados Unidos estavam entre os premiados mais prováveis: os norte-americanos Avinash Dixit (Princeton) e Robert Barro (Harvard), e o finlandês Bengt Holström (MIT).

Eram também apontados nomes como os de Ben Bernanke, ex-presidente da Reserva Federal, o poderoso banco central norte-americano, ou de Olivier Blanchard, que recentemente deixou as funções de economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Nobel da Economia, oficialmente “Prémio do Banco da Suécia em Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel”, é o último a ser anunciado e encerra este ano uma temporada que distinguiu entre outros a bielorrussa Svetlana Alexievitch na Literatura e um grupo de defensores do diálogo democrático na Tunísia com o galardão da Paz.

ZAP / Lusa

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