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No Pego e em Sines, carvão pode “transformar-se” em hidrogénio

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Até 2023, a produção elétrica a partir do carvão em Portugal vai acabar. Por isso, agora, as empresas que exploram as duas centrais do país, no Pego e em Sines, estão a estudar cenários que possam viabilizar o futuro das unidades, onde trabalham mais de 500 pessoas.

Apesar de estarem preparados para o cenário de “desmobilização completa”, de acordo com o jornal Público, os acionistas estão agora a olhar para várias possibilidades que permitam encontrar “um racional económico para manter valor naquela central”, porque “não é só uma questão de tecnologia e equipamentos”.

Até se pode encontrar “uma combinação” de soluções, em que exista “uma componente de biomassa, outra de solar fotovoltaico e a prestação de serviços ao sistema”, adiantou o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, ao jornal.

Não é a primeira vez que a conversão da central para a biomassa é posta em cima da mesa. Ribeiro da Silva diz que a hipótese “não morreu”, mas reconhece que o custo deste combustível para uma central com aquela dimensão “atiraria o preço da electricidade produzida para valores bastante elevados”.

No entanto, as “manifestações de interesse por parte do Governo em estudar” a introdução da tecnologia de produção de hidrogénio verde também levam as empresas a considerar esse cenário.

Segundo Ribeiro da Silva, o destino do hidrogénio seria o consumo interno. Outra das possibilidades seria a de pôr a central a prestar serviços ao sistema elétrico, sendo paga por isso.

“O hidrogénio é uma tecnologia promissora e vai ter um papel fundamental na mobilidade, que é o calcanhar de Aquiles da descarbonização”, considerou. Porém, há uma série de “questões novas que têm de ser analisadas”, nomeadamente perceber “que tipo de programas vai a Europa desenvolver para estimular” este tipo de projetos, que são têm custos muito elevados.

O Governo já revelou que planeia, para a região de Sines, um grande investimento na produção e exportação de hidrogénio verde. A própria presidente da Comissão Europeia já elogiou Portugal pelo empenho na transição energética e pela parceria com as autoridades holandesas para o desenvolvimento desta tecnologia.

ZAP //

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2 Comments

  1. Mais trabalho para as empresas espanholas e trabalhadores espanhóis fazer… Para nos fica os restos como foi na petrogal.

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