No discurso do 11 de setembro, o líder da Al-Qaeda pediu ataques ao Ocidente

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O líder da Al-Qaida, Ayman al-Zawahri, pediu esta quarta-feira aos muçulmanos que ataquem alvos dos Estados Unidos, europeus, israelitas e russos, no dia em que se assinala o 18.º aniversário dos atentados às Torres Gémeas em Nova Iorque.

A Associated Press refere que o SITE – Intelligence Group, que rastreia a atividade on-line de grupos jiadistas, informou que, através de um vídeo, Ayman al-Zawahri, de 68 anos, também critica os “retrocessos” da jihad.

Al-Zawahri refere-se a ex-jihadistas que mudaram de opinião na prisão e consideram os ataques do 11 de setembro inaceitáveis, porque civis inocentes foram prejudicados. “Se você quer que a jihad se concentre apenas em alvos militares, os militares norte-americanos estão presentes em todo o mundo, do leste ao oeste”, afirmou o líder da Al-Qaida, acrescentando que os países “estão repletos de bases americanas, com todos os infiéis e a corrupção que espalham”.

O discurso de Al-Zawahri foi gravado num vídeo de 33 minutos e 28 segundos produzido pela Fundação Sahab Media do grupo. Al-Zawahri tornou-se líder da Al-Qaeda após o assassinato de Osama bin Laden, em 2011, em Abbottabad, no Paquistão.

Já no seu discurso, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou a promessa de intensificar os combates contra os talibãs no Afeganistão, ao assinalar os 18 anos dos atentados de 11 de setembro numa cerimónia no Pentágono.

Os atentados de 11 de setembro de 2001 mataram quase 3.000 pessoas. Nesse dia, dois aviões atingiram o World Trade Centre, um o Pentágono e outro caiu na zona rural da Pensilvânia.

Grande parte dos que permaneceram no local dos atentados, como bombeiros, polícias, equipas de emergência médica e civis, sofre de problemas respiratórios e digestivos e vários tipos de cancro, em particular do pulmão.

Na altura, as autoridades dos EUA estipularam um fundo de compensação de sete mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), um valor insuficiente perante o número de queixas que foram surgiram.

ZAP // Lusa

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