Riccardo Antimiani / EPA

Polícia controla chegada de cardeais a Roma, depois da morte do Papa Francisco
Roma prepara-se para afluência anormal de peregrinos e turistas. Francisco deixou pedido no testamento sobre funeral – que será no sábado.
O Para Francisco morreu nesta segunda-feira. Horas depois, o Vaticano informou que a morte se deveu a um acidente vascular cerebral (AVC), que conduziu a um coma e a uma insuficiência cardíaca irreversível.
O funeral de Jorge Mario Bergoglio vai decorrer no próximo sábado. As cerimónia fúnebres vão realizar-se no sábado de manhã às 10h locais (9h em Lisboa) na Praça de São Pedro, anunciou o Vaticano já nesta terça-feira.
O féretro será depois transferido para a Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma, onde o Papa vai ser sepultado. Aliás, foi esse o pedido do Papa, no seu testamento, publicado no dia da sua morte.
“O túmulo deve estar na terra; simples, sem decoração particular e com a única inscrição: Franciscus”, lê-se no testamento. Francisco queria ser enterrado como um pastor, não como alguém acima dos outros.
A morte do Papa já começou a mudar Roma. Ao início desta manhã, já há mais polícia nas ruas e mais funcionários municipais a prepararem a cidade para o que aí vem.
É que, além das centenas de milhares de peregrinos e turistas que vão chegar a Itália e ao Vaticano por causa da morte de Francisco, certamente muitos vão ficar até à escolha do próximo Papa – o conclave deve realizar-se nos primeiros dias de Maio, ou seja, daqui a duas semanas.
Por isso, as ruas já estão a ser fechadas. A agência Lusa sublinha que as autoridades civis locais já estão preocupadas com as próximas quatro a cinco semanas, precisamente por causa do funeral e do conclave eleitoral do sucessor.
Polícias, bombeiros e funcionários públicos: ninguém pode tirar férias nas próximas semanas, acrescenta a RTP.
“Nós fomos informados para cancelar as férias para este período. Já estávamos à espera que nos pedissem isso e é para isso que cá estamos”, afirmou Giulia, operadora de comunicação da proteção civil italiana, em declarações à Lusa.
Curiosamente, parece que a morte de Francisco não afecta a rotina dos guias turísticos de Roma: “As pessoas não falam nisso. Querem ver Roma, independentemente do Papa”, resume Daniel Espinal, guia turístico na capital de Itália.
Esta segunda-feira seria um dia de festa em Roma, com a Pasquetta – um feriado celebrado em Itália, no dia seguinte ao domingo de Páscoa, também conhecido como Lunedì dell’Angelo (segunda-feira do Anjo). Seria um dia de renovação, mas foi um dia de tristeza.