Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, garantiu, esta sexta-feira, que o país está pronto para conversar. Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou que a resposta da Europa à invasão russa esteja a ser muito lenta.
No segundo dia de invasão russa, Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, deu uma conferência de imprensa na qual garantiu que o país quer “libertar” o povo ucraniano e não “ocupar” o país, com fortes críticas ao Ocidente e à NATO.
“Ninguém está a planear ocupar a Ucrânia“, disse o governante, citado pelo Observador. A Rússia quer “libertar os ucranianos da opressão” e do “controlo de fora“, numa referência clara aos Estados Unidos.
Recusando a ideia de que a Rússia está a pensar “atacar o povo”, o ministro reiterou que o país “não quer que os neonazis e os realizadores de genocídio continuem a governar a Ucrânia, que está a ser controlada a partir de fora, principalmente pelos Estados Unidos”.
No decorrer da declaração, acusou o Ocidente de “não cumprir os acordos de Minsk”, lembrando que existia um “estatuto especial para as duas repúblicas separatistas”, em que deviam ser tidas em conta “relações económicas especiais com a Rússia” e o fim de um “bloqueio económico e comercial contra as regiões”.
“As bases dos acordos foram destruídas, tentámos muitas vezes chamar à atenção de Kiev”, atirou. “Julgavam que íamos aceitar eternamente que reprimissem os russos”, continuou, garantindo que a Rússia tentou a “via diplomática” e que esteve “sempre aberta a negociações”.
Apesar de a invasão ao território ucraniano estar em curso, Sergei Lavrov sublinhou que o diálogo continua a ser uma opção. “Estamos preparados para negociações a qualquer momento, assim que as forças armadas da Ucrânia responderem ao nosso apelo e deporem as armas.”
Em relação à NATO, o ministro russo acusou-a de ter tentado “impor uma cultura neonazi”, frisando que a Ucrânia precisa de ser libertada. “É preciso libertar a Ucrânia do militarismo e do nazismo.”
Esta sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou que a resposta da Europa à invasão russa esteja a ser muito lenta e convidou os europeus com experiência de combate a viajar para a Ucrânia e repelir o exército russo
“Como é que vocês se vão defender, se são tão lentos a ajudar a Ucrânia?”, questionou Zelensky, numa comunicação a jornalistas internacionais, em que criticou a resposta europeia à invasão russa em curso.
“Cancelar vistos para russos? Desconexão do SWIFT (rede interbancária)? Isolamento total da Rússia? Chamada de embaixadores? Embargo de petróleo? Hoje, tudo deve ser feito, porque se trata de uma ameaça para todos nós, para toda a Europa”, pediu Zelensky.
“A Europa é suficientemente forte para resistir a esta agressão”, frisou o governante, no momento em que as tropas russas continuam a progredir em várias partes de território ucraniano.
Volodymyr Zelensky pediu ainda aos europeus que tenham competências de combate para se deslocarem até ao território ucraniano, pegando em armas contra a invasão russa. “Se tiverem experiência em combate (…) podem vir para o nosso país, para defender a Europa”, disse Zelensky.
A Rússia lançou na quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
-
3 Dezembro, 2024 Adesão da Ucrânia à NATO nunca será imediata, diz Rangel
-
2 Dezembro, 2024 Problema para a Ucrânia: 50 mil soldados desertaram neste ano
-
30 Novembro, 2024 Rússia já iniciou “guerra secreta” com Ocidente. Mapa mostra como
Portanto basicamente se assim fosse seria libertar para aprisionar, fantástico!
Claro que não… só destruir e dominar!…
Por aquilo que consta e que vemos , claro que só foram dar um passeio Turístico e piquenicar !
Resumindo, um bandido e terrorista russo chamado Putin! E o PCP de Portugal são um bando de ceguinhos à sua ideologia tão quadrada, que apoiam a invasão à Ucrânia. Palhaços! É por estas posições que hão-de ser cada vez menos os palhacitos que aderem a esta ideologia bacoca e atrasada no tempo.