Netanyahu para o Hamas: “Acabou-se”

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Gali Tibbon / Afp Pool

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

“Não morram pelo vosso líder. Entreguem-se já!”, afirmou o primeiro-ministro. Israel entrou na Palestina pela primeira vez.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu aos militantes do grupo islamita Hamas que entreguem as armas em vez de morrerem pelo seu líder, Yahya Sinwar, que, segundo as autoridades de Israel, está na Faixa de Gaza.

“Digo aos terroristas do Hamas: acabou. Não morram por Sinwar. Entreguem-se já!”, disse Netanyahu, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete, afirmando que “chegou o princípio do fim” para o grupo islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

“Nos últimos dias, dezenas de terroristas do Hamas renderam-se às nossas forças. Estão a depor as armas e a entregar-se”, acrescentou.

As forças aéreas, terrestres e navais do exército israelita intensificaram os ataques na Faixa de Gaza, onde 17.997 pessoas morreram e 49.229 ficaram feridas desde o início da ofensiva, a maioria crianças, mulheres e idosos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

Forças da artilharia israelita atuaram dentro do enclave palestiniano pela primeira vez desde o início da guerra, há mais de dois meses, com combates a terem lugar em praticamente todo o território.

O grupo islamita advertiu que nenhum dos reféns será libertado a menos que Israel concorde em trocá-los por prisioneiros palestinianos em Israel.

Recusar trabalhadores

O Governo israelita rejeitou uma proposta para permitir a entrada no país de trabalhadores palestinianos da Cisjordânia, proibida desde 7 de outubro com consequências para a economia de Israel.

O ministro das Finanças, de extrema-direita, Bezalel Smotrich, disse que todos os ministros, exceto o da Agricultura, Avi Dichter, votaram contra a proposta.

O setor agrícola é o mais afetado pela escassez de mão de obra desde o início da guerra, principalmente devido à ausência de trabalhadores palestinianos.

As explorações agrícolas israelitas ficaram sem entre 10.000 e 20.000 trabalhadores palestinianos, que atravessavam a fronteira da Cisjordânia para trabalharem nos campos israelitas até ao início das hostilidades entre Israel e o Hamas.

// Lusa

3 Comments

  1. Já mataram muitos reféns num só dia (07.Out.23). Netanyahu está a usar esse “crédito diário” para conduzir as operações na Faixa de Gaza … não sejamos hipócritas !

  2. Jumento? Realmente essa argumentação é mesmo de um “chico esperto”, que se esconde atrás do teclado … Por que se não seria como diz Ascenso Simões, um belo par de lambadas no focinho resolvia a situação. Aí era o “Gozo” total !!!

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