O Governo nepalês anunciou a proibição de plástico de uso único na região do Everest para tentar reduzir a enorme quantidade de resíduos deixada pelos alpinistas.
As autoridades nepalesas anunciaram, na última quinta-feira, que vão banir os plásticos de uso único no município rural de Khumbu Pasanglhamu, zona onde fica o Monte Everest e outras montanhas. “Se começarmos agora, vai ajudar a manter a nossa região, o Everest e as outras montanhas limpos”, afirmou à AFP Ganesh Ghimire, que pertence às autoridades locais.
Para além do recorde de alpinistas alcançado este ano (885), o Governo nepalês foi confrontado com a enorme quantidade de resíduos naquela que é a montanha mais alta do mundo. Recentemente, foram recolhidas cerca de onze mil quilos de lixo.
A nova proibição inclui todo o plástico com menos de 30 micrómetros de espessura, bem como bebidas em garrafas de plástico, e vai entrar oficialmente em vigor a partir de janeiro de 2020.
As autoridades locais vão trabalhar com empresas de trekking, companhias aéreas e a Associação de Montanhismo do Nepal para impor esta proibição, embora não tenham sido ainda definidas as multas que vão ser aplicadas aos infratores.
A região recebe cerca de 50 mil turistas por ano, incluindo alpinistas e adeptos do trekking. Este ano, devido às más condições meteorológicas mas também devido à inexperiência de muitos dos alpinistas, onze pessoas morreram.
Também na semana passada, um comité do Governo recomendou recomendou que os alpinistas escalassem outra montanha do Nepal, com pelo menos 6.500 metros de altitude, antes de terem permissão para subir o Everest.
Os responsáveis também propuseram uma taxa de cerca de 30 mil euros para subir o Everest e cerca de 18 mil euros para outras montanhas com mais de oito mil metros. Atualmente, as licenças para escalar o Everest custam quase dez mil euros.