Alexei Navalny, destacado opositor do Governo russo, desapareceu da prisão em que estava a cumprir a pena e o seu paradeiro é desconhecido.
Os colaboradores mais próximos de Navalny presumem que o líder da oposição russa tenha sido transferido para outra prisão, mas salientam que as transferências prisionais na Rússia podem demorar dias ou até semanas, e são geralmente envoltas em segredo.
“Durante todo este tempo em que não sabemos do paradeiro de Alexei, ele está sozinho e entregue ao sistema que já o tentou matar uma vez”, afirmou a porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, nas redes sociais.
O aliado mais forte de Navalny, Leonid Volkov, acrescentou ainda na rede social Telegram que o advogado do opositor do Kremlin tentou visitá-lo esta terça-feira e foi-lhe comunicado que ele não estaria lá.
“Não sabemos onde está Alexei agora e para que prisão terá sido levado”, disse Volkov.
Navalny, o político que mais fez frente ao presidente russo Vladimir Putin, foi detido em janeiro de 2021 depois de retornar da Alemanha, onde estava a recuperar de um envenenamento induzido por um agente nervoso que, segundo o mesmo, foi planeado pelo Kremlin.
Na altura, foi condenado a uma pena de prisão de dois anos e meio por violação da liberdade condicional.
Em março, o político e ativista foi ainda sentenciado a nove anos de prisão por fraude e desrespeito pelo tribunal, acusações estas que foram encaradas por Navalny como motivadas politicamente e como uma tentativa de o manter aprisionado pelo máximo de tempo possível.
O juiz ordenou que o crítico do governo russo cumprisse a nova pena numa prisão de segurança máxima, para a qual seria transferido depois de ter perdido o recurso em tribunal no início de junho.
Com o reforço da pena de Navalny, seguiu-se ainda uma nova onda de repressão por parte do Kremlin contra os apoiantes do opositor russo, bem como contra outros ativistas de oposição ou jornalistas independentes, numa tentativa de abafar as dissidências políticas.
Alguns dos principais apoiantes de Navalny já enfrentaram acusações criminais e viram-se obrigados a deixar o seu país.
A infraestrutura política dos apoiantes de Navalny, constituída por uma fundação anticorrupção e uma rede de escritórios regionais, também foi destruída depois de ser identificada como organização extremista.
O nome de Navalny e de outros associados aparecem agora no registo de terroristas e extremistas da Rússia.
// Lusa
Ora bem! Fascismo é fascismo!
Se foi “eliminado”….,.,alguém se admira ?…..não seria o primeiro !