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Volodymyr Zelenskyy na cimeira da NATO
Estados-membros da organização querem outro presidente na Ucrânia e vão tentar descredibilizar o actual, alegam os serviços secretos da Rússia.
Eleições na Ucrânia: sim, não ou quando? Keith Kellogg, enviado de Donald Trump para a Ucrânia e para a Rússia, defende eleições presidenciais e parlamentares ainda em 2025.
“A maioria das nações democráticas têm eleições em tempos de guerra. Acho que é importante que o façam”, disse Keith Kellogg à agência Reuters. Mas a lei da Ucrânia não permite eleições em tempo de lei marcial.
A Rússia também defende novo acto eleitoral no país vizinho, algo que não acontece desde 2019 – iria haver no ano passado mas a guerra adiou as eleições por tempo indefinido.
E, segundo o Serviço de Inteligência da Rússia (SVR), a NATO também está a tentar que haja mudança na liderança da Ucrânia.
O SVR anunciou em comunicado que a NATO está a “pensar cada vez mais numa mudança de poder na Ucrânia” porque acredita que a Rússia está cada vez mais perto de vencer a guerra. Agora com Donald Trump a liderar os EUA, reina a incerteza sobre o apoio militar a Kiev.
Ainda segundo os serviços secretos russos, a NATO quer “congelar” a guerra, iniciar negociações – Washington e Bruxelas acham que o principal obstáculo a esse cenário é precisamente Volodymyr Zelenskyy. O presidente da Ucrânia é “material gasto” e o seu tempo já passou, indica o documento.
Assim, a NATO quer “livrar-se” de Zelenskyy, “de preferência através de eleições pseudo-democráticas”, a realizar ainda em 2025.
A organização Atlântica, segundo o SVR, vai preparar uma “operação em larga escala para desacreditar Zelenskyy” nas vésperas da campanha eleitoral: publicar informações sobre desvios pessoais de dinheiro que seria para a guerra, expor o esquema do presidente da Ucrânia para tirar subsídio a militares ucranianos e divulgar o envolvimento de Zelenskyy em vendas suspeitas de grandes lotes de equipamentos militares ocidentais, doados a Kiev, para vários países africanos.
Não há qualquer indicação de que a NATO tem um plano destes, assegura a revista Newsweek – que tentou contactar, sem sucesso, a NATO e o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre este anúncio.
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