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NASA descobre gigantesca fenda de 112 quilómetros na Antártida

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Christopher Michel / Wikimedia

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O colapso da plataforma de gelo de Larsen C vai acelerar o degelo e fará as plataformas continentais da Antártida “escorregarem” para o mar

Aviões da NASA descobriram numa das plataformas de gelo mais vulneráveis da Antártida uma fenda gigante de 112 quilómetros de extensão, cuja aparência aponta para o início do colapso desta massa de gelo e a formação de um mega-iceberg de 6,5 mil quilómetros quadrados.

Os climatologistas, oceanógrafos e outros cientistas acreditaram durante muito tempo que as mudanças climáticas ameaçavam destruir principalmente as reservas setentrionais de gelo da Terra — as plataformas de gelo da Gronelândia e a calote polar norte.

Porém, nos últimos anos, essa visão começou a mudar, porque os cientistas encontraram evidências de que o primeiro gelo a desaparecer será não o do norte, mas algumas das plataformas de gelo da Antártida, que está a rachar de dentro para fora, levando a um aumento catastrófico do nível do mar.

Por esta razão, a NASA está há alguns anos em vigilância permanente do gelo meridional, no âmbito do projeto IceBridge, e tem estudado a região com aviões de investigação.

As pesquisas da agência espacial norte-americana mostram que o primeiro candidato à destruição e o mais vulnerável é a chamada plataforma de gelo de Larsen B, na costa leste da Península Antárctica.

A plataforma Larsen B começou a degelar ainda em 1995, e os seus últimos fragmentos, segundo dados do IceBridge, devem começar a desaparecer este verão.

Mas as últimas imagens aéreas, obtidas pela NASA no fim de novembro e no início de dezembro, mostram agora que na plataforma de gelo de Larsen C, a última parte do maciço de gelo de Larsen B, surgiu uma fenda gigante com 112 quilómetros de comprimento, cerca de 100 metros de largura e 500 metros de profundidade.

John Sonntag / NASA

Foto aérea da NASA revela uma enorme fenda na plataforma de gelo Larsen C, na Antártida

Foto aérea da NASA revela uma enorme fenda na plataforma de gelo Larsen C, na Antártida

Segundo o Live Science, os cientistas acreditam que esta enorme fenda pode ter surgido o ano passado ou no ano anterior, o que prova o carácter super-rápido do colapso do maciço de gelo.

Entretanto, a fenda continua a crescer rapidamente e, com a chegada do verão no hemisfério sul, a plataforma de gelo de Larsen C tornar-se-á um iceberg gigante, cuja área irá atingir cerca de 6.500 quilómetros quadrados.

Ou seja, algo um pouco maior do que todo o Algarve, que tem uma área aproximada de 5.000 quilómetros quadrados…

O colapso da plataforma de gelo de Larsen C vai acelerar o degelo – o que levará as plataformas de gelo continentais da Antártida, que hoje são mantidas na sua posição pelo maciço de gelo marinho, a “escorregarem” para o mar.

ZAP / Sputnik News

5 Comments

    • Consequências? Para si, para mim, para os que nos rodeiam, para a humanidade em geral, para os diversos ecossistemas da Terra, para a ecologia a nível mundial… absolutamente nenhumas consequências.

      As únicas “catastróficas” consequências que se aproximam são as destes ditos cientistas profetizadores de tragédias ambientais à custa de um alegado aquecimento global por culpa da humanidade ficarem sem as verbas que os mantém no activo, isto se Trump cumprir a promessa de acabar com esta loucura e, para já, tudo indica que sim.

      O que é mesmo evidente é o desespero destes cientistas, aterrorizados com a perspectiva de ficarem sem financiamento, que mais uma vez atacam e agora em força a Antárctica como se o gelo de lá estivesse prestes a desaparecer o que não podia estar mais longe da realidade.

      Se esta plataforma de gelo (Larsen B) realmente se desprender, ficar à deriva e finalmente derreter por completo… bem, será apenas mais uma. Não será a última e certamente também não é a primeira. Aliás, a plataforma Larsen B já se desprendeu antes e não foi assim há tantos anos.

      Lembra-se da plataforma de gelo com mais de 3000 Km2 e mais de 200 metros de espessura que colapsou em 2002? Foi notícia em todas as televisões e jornais e serviu de argumento para estes cientistas durante anos a fio. Pois bem, foi precisamente a Larsen B que, como se vê, já voltou a acumular tamanha quantidade de gelo ao ponto de, aparentemente, estar prestes a desprender-se mais uma vez.

      E, antes dessa, a plataforma Larsen A em 1995…

      Para justificarem as enormes somas de dinheiro que lhes é destinado, muito alarido fazem estes cientistas quanto fenómenos destes acontecem, mas depois até a própria NASA (onde muitos deles trabalham ou já trabalharam) deita cá para fora artigos com títulos bem sugestivos como este:

      «Antarctic Sea Ice Reaches New Record Maximum»
      https://www.nasa.gov/content/goddard/antarctic-sea-ice-reaches-new-record-maximum

      Melhor ainda é ver um gráfico que, apesar do texto que o rodeia, dificilmente pode ser mais esclarecedor do que o que se vê em

      https://www.theguardian.com/environment/2014/oct/09/why-is-antarctic-sea-ice-at-record-levels-despite-global-warming#img-1

      que mostra claramente que, pelo menos desde 1978 até 2014 e apesar de todos os colapsos de plataformas de gelo, a tendência geral é para a acumulação de gelo e não para o seu desaparecimento ou sequer diminuição.

      Gráficos mais detalhados aqui
      https://tamino.wordpress.com/2013/03/16/antarctic-sea-ice-gain/

      • Eu, Sabino Oliveira, não estou tão otimista quanto o amigo que se identifica como “Simplório”.
        Como já escrevi em comentário a esta notícia na minha página “Google+”, não sei se o amigo sabe nadar…
        Se não souber, pelo sim, pelo não, talvez seja uma ótima ocasião para aprender…

        Sabino Oliveira

        • Bem-haja, caro Sabino mas não há qualquer razão para preocupações. O fenómeno, apesar de bastante impressionante, não passa de uma curiosidade natural que de tempos a tempos se repete (como já referi no meu comentário acima). É pena é aquelas pessoas muito altruístas (digo eu com muita ironia) que se aproveitam deste tipo de fenómenos naturais para alarmar o público…

          Tranquilize-se pois que nenhum dos receios que expôs no seu comentário no “Google+” se concretizarão, felizmente.

          Esta plataforma que agora se solta e outras que já se soltaram no passado só se soltam porque são flutuantes. Não são mais do que gelo flutuante e gelo flutuante não representa qualquer perigo no que ao nível dos oceanos diz respeito. Derretesse todo o gelo flutuante existente no mundo e o nível dos oceanos permaneceria exactamente igual.

          Se ainda assim o assunto o preocupar, aqui mesmo nesta página se verificar a secção das notícias relacionadas encontra esta invulgar mas esclarecedora notícia sobre a acumulação de gelo no Pólo Sul:
          «Afinal a Antártida ainda ganha mais gelo do que perde»
          http://zap.aeiou.pt/afinal-a-antartida-ainda-ganha-mais-gelo-do-que-perde-88361

          Qualquer dúvida, estarei ao dispor.

          (P.S.- história comovente a da cadela Violeta que colocou na sua página do “Google+” mas permita-me um reparo em relação à respectiva foto: apesar de o cão da foto estar ofegante não significa necessariamente que esteja cansado, o mais provável é estar apenas com calor pois é assim que eles se livram do calor corporal em excesso.)

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