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“Não vivemos na Alice no País das Maravilhas”

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Mário Cruz / Lusa

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António Costa, fez um balanço positivo da acção do Governo no sistema financeiro e admitiu que a venda do Novo Banco não foi a “ideal” mas foi a alternativa menos penalizadora.

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira à Renascença que a prioridade no negócio da venda do Novo Banco era “assegurar a continuidade do banco, evitar a sua liquidação”, sendo que a solução encontrada não foi a “ideal”, mas foi “equilibrada”.

Não vivemos na Alice no País das Maravilhas. Nós vivemos num quadro de um sistema financeiro que estava, há um ano, numa situação dramática”, adiantou.

Ainda assim, sublinhou o primeiro-ministro, há razões para otimismo. “O Novo Banco foi vendido e está em condições de arrancar, a CGD está capitalizada, o Millenium está capitalizado, o Montepio tem questões ainda a resolver, e é preciso encontrar um bom mecanismo para o crédito mal-parado”.

Questionado sobre a razão pela qual o fundo norte-americano apenas adquiriu 75% e não a totalidade do capital do Novo Banco, o primeiro-ministro frisou que “não foi uma exigência do Estado ficar com 25%“.

Para Costa, “o ideal seria ficar com 0% do Novo Banco mas, por alguma razão, não foi assim. Agora, os riscos estão minorados face à proposta inicial”, garantiu, destacando que é possível que o Fundo de Resolução possa, “a prazo, vir a beneficiar da valorização que o banco possa ter”.

Sobre a capitalização da CGD, Costa admitiu que o défice de 2017 possa “ficar próximo dos 3,1%”, mas está relativamente tranquilo sobre a saída do Procedimento de Défice Excessivos.

“Só vejo razões para sairmos”, destacou o primeiro-ministro. E elencou algumas: um défice abaixo dos 3% em 2016, um défice abaixo dos 1,6% em 2017 (previsão do Governo), uma Caixa Geral de Depósitos recapitalizada à luz das regras de mercado.

ZAP //

6 Comments

  1. Pois não vivemos..mas olha que fazemos asneiras como se tivesse-mos!´É que os bancos entram todos em falência, ninguém vai preso e no fim o povo português paga isto tudo. E no final ninguém para este ciclo…porque não sei se repararam…se o caixa bank não interfere, o banco ia a falência com acções a valer menos de 9 cêntimos….e o Montepio anda tb pela hora da morte….já para não falar na Caixa Geral de Depósitos que se não é o Estado a injectar dinheiro..aquilo já tinha ido ao charco…e ninguém trava isto…é o país das maravilhas..lol

  2. … a venda do Novo Banco não foi a “ideal” !!!
    É preciso ser muito cara de pau, e ter muita lata !
    Não houve qualquer venda. Houve uma doação, com garantia de 4MM€ para cobrir futuros buracos.
    A pior negociação jamais feita.
    Correcto seria a Abertura de Falência, que ainda não vi ninguém contrapor com factos aceitáveis.
    O contribuinte não tem que suportar com um cêntimo o desvario e corrupção que os banqueiros privados fizeram. Toda a dialéctica do governo para justificar a injecção de milhões dos contribuintes, não tem base de sustentação, é imoral e ilegal.

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