O secretário de Estado Adjunto e da Energia foi esta segunda-feira recebido em Boticas por populares em protesto contra a exploração do lítio, acabando por não visitar o Centro de Informação de Covas do Barroso, tal como previsto.
Depois de um encontro na Câmara Municipal de Boticas, o governante seguiu para uma visita ao Centro de Informação de Covas do Barroso, distrito de Vila Real, que acabou por não acontecer devido ao protesto de dezenas de populares que, empunhando cartazes, gritavam “Não à Mina, Sim à Vida”.
“Receamos pela nossa saúde, pela água, pelo ambiente, por tudo o que aqui temos”, admitiu uma local às estações de televisão no local. (…) Nunca mais vamos ter descanso, não vamos desistir nunca. Podemos morrer, mas para cá do Marão mandam os que cá estão e ele [João Galamba] que não venha para aqui e que não traga a polícia atrás dele.
Depois de o carro ter sido cercado pelos manifestantes, João Galamba voltou para trás, tendo regressado mais tarde já com a presença da GNR no local, mas, mesmo assim, acabou por não fazer a visita.
Ao fim da tarde, e em declarações aos jornalistas, João Galamba disse não ter sido surpreendido pelos protestos, lamentando não ter conseguido falar com as pessoas.
“Por acaso até estava à espera [dos protestos]. Estavam presentes pessoas de Montalegre e de vários sítios e, portanto, estava a espera. Estava [também] à espera de conseguir falar com as pessoas, mas o grupo que recebeu não parecia muito disponível para conversar e, portanto, não foi possível”.
A população de Covas do Barroso, em Boticas, está contra um projeto liderado pela Savannah Resources, com receio que a mina de lítio a céu aberto possa prejudicar a atividade agrícola e apícola, tendo, desde o início deste ano, protestado para travar o projeto. Já a Savannah Resources tem garantido que o projeto da mina de lítio em Boticas tem um investimento previsto de 500 milhões de euros e que o recurso potencial conhecido dará para produzir baterias para 250 a 500 mil carros/ano.
Segundo os seus responsáveis, o projeto prevê a criação, de forma direta, de cerca de 300 postos de trabalho a longo prazo, repartidos pelas áreas técnicas, administrativas e de suporte. O projeto – que ainda aguarda luz verde ambiental – tem por objetivo a ampliação da concessão já existente desde 2006 para a “produção de concentrado de espodumena com vista ao aproveitamento de minerais de lítio para alimentar a indústria das baterias elétricas”.
// Lusa
OVOcionaram-no? Receberam-no condignamente (isto é, como merece)? Não é o primeiro DESgovernante do PS queé condignamente recebido quando tem o despudor de ir «gozar» com as populações. Neste momento estou a lembrar-me de uma tal Maria de Lurdes, de má memória, para a educação deste país.
Mais uma mina mais poluição num país minúsculo.