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Não há acordo para nomeação do novo presidente da Comissão Europeia

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Olivier Hoslet / EPA

Jean-Claude Juncker e Donald Tusk

Nenhum dos três candidatos à presidência da Comissão Europeia conseguiu alcançar “qualquer maioria”. Donald Tusk marcou uma nova cimeira para 30 de junho.

Os líderes da União Europeia, reunidos durante várias horas em Bruxelas, não chegaram a “nenhuma maioria” sobre “qualquer candidato” à presidência da Comissão Europeia, informou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

“O Conselho Europeu teve uma longa discussão sobre as nomeações, tendo em conta as conversações que tive e as declarações feitas no Parlamento Europeu, mas não houve maioria relativamente a qualquer candidato”, declarou Tusk.

Fontes diplomáticas indicaram que o presidente do Conselho Europeu apresentou, esta quinta-feira, aos 28 Estados-membros os nomes dos três ‘spitzenkandidaten’ (candidatos principais para a CE) das três maiores famílias políticas – Manfred Weber (Partido Popular Europeu), Frans Timmermans (Socialistas Europeus) e Margrethe Vestager (Liberais) -, mas sem surpresa nenhum reuniu uma maioria de apoio.

Numa conferência de imprensa, após uma reunião que começou ao início da tarde e se que prolongou durante várias horas, o presidente do Conselho Europeu notou que os líderes comunitários concordaram, antes, que os candidatos ao executivo comunitário devem “refletir a diversidade da UE”.

Por essa razão, foi convocada uma nova reunião para dia 30 de junho. “Até lá, vou continuar com as minhas consultas, incluindo com o Parlamento Europeu”, referiu Tusk.

Em respostas a perguntas dos jornalistas, o responsável vincou que “ainda é muito cedo para apontar nomes”, mas rejeitou que o seu nome esteja a ser equacionado para a presidência da Comissão Europeia.

Também presente na ocasião, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu esperar que as nomeações “não sejam fáceis”. “Mas é um trabalho que tem de ser feito”, observou.

Já falando sobre o processo de ‘spitzenkandidat’, Jean-Claude Juncker admitiu que a escolha entre os candidatos principais ainda “não é garantida, é uma possibilidade”.

A discussão entre os chefes de Estado e de Governo dos 28 sobre os nomes a designar para a liderança das instituições europeias para os próximos cinco anos teve início no jantar de trabalho, cerca das 21h30 locais (20h30 de Lisboa), prolongando-se por quatro horas, mas não foi alcançado um compromisso, pelo que Donald Tusk agendou nova cimeira para 30 de junho às 18h00 locais.

O objetivo declarado do Conselho Europeu é chegar a um acordo antes da sessão inaugural do novo Parlamento Europeu resultante das eleições de maio, que terá lugar em Estrasburgo de 2 a 4 de julho, pois a assembleia deverá eleger o seu novo presidente, e este é um dos ‘altos cargos’ que é suposto ser negociado ‘em pacote’, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

Além da presidência do Parlamento Europeu, estão em jogo as presidências da Comissão Europeia – o cargo mais cobiçado -, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e ainda o cargo de Alto Representante para a Política Externa.

ZAP // Lusa

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