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Mulher de narcotraficante El Chapo detida nos Estados Unidos

Tbj15 / Wikimedia

Joaquin “El Chapo” Guzman

A mulher do narcotraficante mexicano “El Chapo” Guzman, líder do cartel de Sinaloa detido nos Estados Unidos, foi esta terça-feira detida pelas autoridades norte-americanas num aeroporto no Estado da Virgínia, anunciou o Departamento de Justiça.

Emma Coronel Aispuro, de 31 anos, que detém dupla nacionalidade norte-americana e mexicana, foi detida no aeroporto internacional Dulles e deverá comparecer já na terça-feira perante um juiz federal, enfrentando acusações relacionadas com narcotráfico.

Entre as acusações incluem-se conspiração para distribuir cocaína, metanfetaminas e marijuana nos Estados Unidos, mas também de participar ativamente na fuga de Guzman de uma prisão mexicana em 2015 e de planear um segundo resgate do marido, até que este foi extraditado, em janeiro de 2017, a pedido das autoridades norte-americanas.

Guzman foi julgado e condenado em 2019 nos Estados Unidos e encontra-se a cumprir pena de prisão perpétua.

De acordo com os procuradores norte-americanos, Emma Coronel Aispuro foi um dos cérebros da célebre fuga de 2015, que envolveu a construção de um túnel iluminado de 1,6 quilómetros, no qual foi instalada uma motorizada sobre carris, até ao chuveiro da cela de Guzman.

Para fazer a escavação e preparar a fuga, foi comprado um terreno próximo da prisão e um carro blindado.

Dentro da prisão, Guzman foi ainda munido de um relógio GPS que permitiu aos seus comparsas no exterior saber exatamente a sua posição dentro do recinto prisional, de forma a que o túnel ficasse o mais próximo possível do evadido.

Uma testemunha, a colaborar com as autoridades norte-americanas, foi, juntamente com a mulher e os filhos do barão da droga mexicano, outro dos planeadores da fuga da cadeia de Altiplano, numa altura em que se preparava a extradição para os Estados Unidos.

Ao longo do seu reinado de 25 anos, o cartel de Sinaloa controlou a introdução de droga mexicana nos Estados Unidos, de acordo com a acusação das autoridades norte-americanas.

Destacou-se também pela brutalidade do seu “exército de sicários”, mercenários com ordens para raptar, torturar e matar quem quer que enfrentasse o cartel.

// Lusa

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