O Ministério Público (MP) pediu prisão preventiva para Manuel Pinho no âmbito do caso EDP. As medidas de coação serão conhecidas pelas 14h30.
O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, está a ser interrogado, esta quarta-feira, no Campus da Justiça, em Lisboa, pelo juiz de instrução Carlos Alexandre.
De acordo com o jornal Público, o Ministério Público pediu a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Os procuradores justificaram o pedido com o facto de considerarem que o antigo governante alienou património recentemente e que há indícios de perigo de fuga, uma vez que tem residência em Alicante.
Se o juiz não aceitar, o MP solicita que seja então determinada a prisão domiciliária para Pinho, assim como o pagamento de uma caução.
Caso Carlos Alexandre opte pelo depósito de uma caução, o Ministério Público solicita que o passaporte de Manuel Pinho seja apreendido, avançou o Observador.
Para Alexandra Pinho, mulher do ex-ministro que também foi constituída arguida neste processo, o MP pediu a apreensão do passaporte, apresentações diárias e o depósito de uma caução que pode chegar a um milhão de euros.
Manuel Pinho vai conhecer a decisão do juiz de instrução sobre as medidas de coação por volta das 14h30, revelou o advogado.
Em declarações aos jornalistas, Ricardo Sá Fernandes manifestou estranheza em relação à divulgação, através da CNN, das medidas de coação propostas pelo MP quando estas estavam a ser entregues ao juiz.
O antigo ministro do governo de Sócrates é suspeito de três crimes de corrupção, um de participação económica em negócio, um de fraude fiscal e um de branqueamento.