O movimento “Também somos portugueses” apelou este domingo ao Governo e aos partidos políticos representados no Parlamento para a necessidade de alterar as leis eleitorais para os emigrantes, defendendo o voto remoto para participar na vida pública portuguesa.
“O movimento ‘Também somos portugueses’ considera que infelizmente as próximas eleições provarão que o voto remoto será a única forma de permitir que os portugueses no estrangeiro continuem vinculados à vida pública em Portugal, e apela a que os partidos políticos representados na Assembleia a República e o Governo tirem as conclusões e assumam a necessidade das alterações às leis eleitorais que há anos os emigrantes defendem”, lê-se num comunicado enviado à comunicação social.
O movimento estima que vá existir uma “elevada abstenção forçada” no seio dos portugueses que vivem no estrangeiro nas próximas eleições presidenciais, porque o voto tem de ser presencial.
O movimento diz que contactou, em novembro passado, todos os partidos políticos representados na Assembleia da República, o Governo e a Comissão Nacional de Eleições (CNE), para tentar uma alteração urgente à atual lei eleitoral que permitisse o voto postal para estas eleições, mas que “infelizmente”, foi-lhes dito que tal não seria possível em tempo útil.
“Registámos, no entanto, por parte de várias forças políticas e da própria CNE a abertura para uma revisão das leis que permita o voto postal para eleições futuras. Registámos também a disponibilidade para testar o voto online remoto“.
Os portugueses começaram a votar este domingo, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde.
Lisboa é o concelho com mais inscritos, 33.364, seguido do Porto, com 13.280, e Coimbra, com 9.201, de acordo com o mapa publicado pelo Ministério da Administração Interna, em que se informa quais os locais de voto em cada um dos concelhos.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal no dia 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976.
// Lusa