Movimentações no seio do PSD para listas candidatas ao Conselho Nacional deixam futuro de Rangel e Montenegro em aberto

ppdpsd / Flickr

Rui Rio e Paulo Rangel conversam durante o Conselho Nacional do PSD

Rui Rio, presidente do PSD, e Paulo Rangel, candidato à liderança social-democrata, durante o Conselho Nacional do partido

Apoiantes dos antigos adversários de Rio não têm estratégias claras relativamente às listas candidatas ao conselho nacional, havendo quem defenda que o partido deve estar unido a um mês das legislativas.

Depois de as eleições internas do PSD terem clarificado a liderança de Rui Rio, as atenções viram-se agora para o congresso do partido, agendado para este fim de semana, e para a constituição de listas candidatas ao conselho nacional, órgão máximo do partido entre congressos, precisamente. Seria expectável que Paulo Rangel e Luís Montenegro estivessem envolvidos de alguma forma, talvez numa lista conjunta, mas tal não deverá acontecer, avança o Público.

De acordo com o jornal, os apoiantes dos dois antigos rivais de estão mesmo a evitar criar uma única lista de frente comum contra Rio. No caso de Luís Montenegro, o foco está no futuro, ou seja, em proteger o seu capital político e de lado está a possibilidade de este integrar uma lista com nomes afetos à última candidatura de Paulo Rangel — da qual também fez parte Miguel Pinto Luz. Relativamente ao vice-presidente da Câmara de Cascais, também não existem certezas sobre se irá encabeçar uma candidatura ou se, no caso de Paulo Rangel, este vai apresentar uma lista.

Entre os apoiantes de Luís Montenegro existe também a ideia de que poderá ser um erro haver uma lista ao conselho nacional liderada por Miguel Pinto Luz — antigo número dois de Rangel —, por considerarem que isso pode criar a perceção de que há uma oposição interna a Rio, quando, a um mês das legislativas, o sentimento de deveria ser de união e coesão.

Tal como relembra o Público, há dois anos, a lista com os apoiantes de Luís Montenegro, liderada por Paulo Cunha, foi a segunda mais votada no Congresso, perdendo para a encabeçada por Paulo Rangel, que havia sido proposta pela direção de Rui Rio. Em terceiro acabaria por ficar a lista de Bruno Vitorino, antigo deputado e apoiante de Miguel Pinto Luz, e em quarto lugar a lista de Carlos Reis, deputado e próximo de Rui Rio.

Tal como nota o mesmo jornal, o facto de estar envolvido na campanha interna de Rui Rio tal não quer dizer que Carlos Reis não volte a liderar uma lista ao conselho nacional. O Público noticia ainda, na sua edição de hoje, que estará em preparação uma lista ao conselho nacional liderada por André Neves, deputado eleito por Aveiro e apoiante de Paulo Rangel.

ZAP //

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