Rajat Gupta / EPA

Avião Boeing 787 cai em Ahmedabad, na Índia
Sinal do avião desapareceu menos de um minuto depois de ter descolado. Investigadores vão analisar tudo.
É um dos desastres aéreos mais mortíferos de sempre. Ainda não está contabilizado o número total de vítimas mortais da queda do avião na Índia, mas poderão ter morrido mais de 300 pessoas, o que colocará este acidente aéreo como o sexto mais letal de sempre.
O avião caiu numa zona residencial em Meghani junto ao aeroporto Internacional de Ahmedabad. A queda verificou-se logo a seguir à descolagem. Aliás, o avião tinha descolado precisamente do aeroporto de Ahmedabad; iria para Londres.
Estavam 242 passageiros a bordo. Apenas um sobreviveu e já contou o que ouviu antes da queda: “30 segundos após a descolagem, ouviu-se um ruído forte e depois o avião despenhou-se. Foi tudo muito rápido”, relatou Kumar Ramesh.
O único sobrevivente não tem ferimentos graves e pode voltar a casa daqui a poucos dias.
É um “milagre” este passageiro britânico ter sobrevivido, resume a CNN. Aliás, o lugar onde estava sentado, junto à saída de emergência, era um dos lugares onde se sentiria mais o choque com o solo. “Isto é incrivelmente surpreendente”, reagiu David Soucie, analista de segurança aérea.
É um acidente inédito para um Boeing 787. Nunca tinha havido um desastre aéreo com este modelo que começou a voar em 2011 e que faz cerca de 2 mil voos por dia.
Não se sabe o que aconteceu. Até os analistas estão surpreendidos. Não havia condições climatéricas adversas, não é visível qualquer problema exterior antes da queda.
O sinal perdeu-se às 10:08, hora local, quando o avião atingira 190 metros de altitude. O sinal perdeu-se menos de um minuto após a descolagem, 9 minutos após ter recebido autorização para levantar voo.
Levantam-se diversas possibilidades, entre problemas mecânicos e erros do piloto, ou uma mistura de problemas.
O que se sabe – e segundo o relato do único sobrevivente – é que se ouviu um “ruído forte” e logo a seguir o avião caiu.
Aparentemente, o avião saiu da pista sem qualquer problema mas, por algum motivo, não conseguiu subir o que era suposto.
Pedro André, da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea, também ficou surpreendido. Na TSF, avisa que para já só se podem levantar especulações, mas analisou o que viu: “Dá para perceber que o trem de aterragem está ainda em baixo, o que não será muito normal, porque normalmente a primeira coisa que nós fazemos quando descolamos é pôr o trem em cima. O que pode ter acontecido é que eles poderão não ter tido sequer tempo para fazer isso, poderá ter havido uma falha brutal na potência dos motores, de ambos ou só de um”.
A CNBC lembra que agora serão procuradas as caixas negras. Os investigadores vão analisar tudo: registos de manutenção da companhia aérea, manobras dos pilotos, posição do avião, asas, treino dos pilotos, descanso recente, as condições meteorológicas, vídeos…
A Índia vai liderar a investigação, a Boeing, e o fabricante do motor, GE Aerospace, vão colaborar; além de investigadores federais de acidentes dos EUA.
Não deverá estar em causa um problema de fabrico ou de produção do aviãoBoeing 787.
O relatório final sobre as causas do acidente pode ser publicado apenas em 2026.
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