Em entrevista à Rádio Observador, Pedro Mota Soares rejeitou qualquer hipótese de se candidatar a presidente do CDS, depois de uma eventual saída de Assunção Cristas.
Depois de ter ficado de fora do Parlamento Europeu, Pedro Mota Soares despede-se do Parlamento no final desta legislatura. Fora das listas de candidatos a deputados nas legislativas de outubro devido a uma regra interna da atual liderança do partido, Mota Soares até já fez o discurso de despedida do hemiciclo.
Em entrevista à Rádio Observador, e confrontado com a possibilidade de se candidatar a presidente do partido, respondeu: “O CDS tem um bom líder, está bem entregue. Uma líder na qual eu votei. Acho que o CDS vai conseguir ultrapassar [os últimos resultados]”.
A jornalista ainda o confrontou com o dilema que o levaria a escolher entre a presidência do CDS ou um 49.º lugar na maratona de Nova Iorque (Mota Soares é um assumido fã de corrida), o ainda deputado mal deu tempo à jornalista de lhe colocar o desafio para já estar a escolher a segunda opção: “A segunda, a segunda, a segunda!”.
Sobre o futuro, há ainda muitas incógnitas. Certo é que continuará como dirigente nacional do CDS, “a ajudar o partido nas difíceis eleições que tem pela frente” e irá voltar à sua vida profissional, mantendo-se ligado às questões sociais.
Sobre a escolha de Ursula von der Leyen, Pedro Mota Soares mostrou-se agradado, destacando a pessoa “muito orientada em resultados” e que já “demonstrou o que pode fazer”. “Espero que ela venha a ser presidente da Comissão Europeia.”
“O que acontece em Bruxelas com a Comissão Europeia não é política nacional, mas é verdadeiramente política nacional. São escolhas muito relevantes e que vão influenciar a nossa vida”, disse, acrescentando que “neste momento está sinceramente preocupado com a quebra de convenções que está a acontecer”.