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Nazi roubou mosaico erótico romano – que acaba de ser devolvido a Pompeia

Parque Arqueológico de Pompeia

Obra de arte foi roubada por um capitão nazi durante a II Guerra Mundial. Foi criada na altura do nascimento de Jesus.

O mosaico terá sido criado na região do Vesúvio, perto do Monte Vesúvio – que entrou numa erupção fatal no ano 79 d.C. e destruiu a cidade vizinha de Pompeia.

Foi elaborado na altura do nascimento de Jesus Cristo. É dos tempos do Império Romano mas não retrata mitos heróicos, como muitos outros mosaicos daquela época.

Este mosaico parece mostrar uma cena de intimidade quotidiana entre duas pessoas. Vê-se um homem deitado na cama, com uma mulher de pé junto a ele. Os arqueólogos acreditam que terá decorado o chão de um quarto numa aldeia.

Ou seja, é um mosaico erótico. Pode ser um sinal de uma reviravolta cultural na arte antiga.

Saltamos dois milénios e passamos para a II Guerra Mundial, quando um capitão nazi voltou a casa com esse mosaico; tinha roubado enquanto estava em Itália, onde ajudava os alemães na cadeia de abastecimento militar.

Mas esse capitão não ficou com o mosaico: deu a obra a um civil – que por sua vez deixou o mosaico para os seus herdeiros, quando morreu.

Voltamos a realizar um salto temporal, mais pequeno: agora, 80 anos depois, o mosaico foi devolvido a Pompeia.

Os herdeiros contactaram responsáveis pela protecção do património cultural em Roma, capital de Itália.

Aí verificou-se que o mosaico era “uma obra atribuível à pilhagem de obras de arte pertencentes ao património do Estado italiano durante a II Guerra Mundial”. E foi devolvido.

A novidade foi dada agora pelo Parque Arqueológico de Pompeia, que no entanto ainda tem várias dúvidas sobre a peça.

Não se sabe exactamente onde o capitão alemão roubou o mosaico, como a obra de arte foi roubada, se o autor ou autora morreu na erupção ou nem vivia nas proximidades; é impossível para os arqueólogos saberem exactamente a sua origem, o seu contexto.

“Não sabemos a proveniência exacta do artefacto e provavelmente nunca o saberemos; faremos estudos e análises arqueométricas adicionais para apurar a sua autenticidade e reconstruir a sua história na medida do possível”.

No entanto, Gabriel Zuchtriegel, director do Parque Arqueológico de Pompeia, sublinha: “Cada artefacto saqueado que regressa é uma ferida que se cura“, cita o All That’s Interesting.

ZAP //

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