Morreu Ghiggia, autor do golo da vitória uruguaia no Maracanazo de 1950

Danilo Borges/ Portal da Copa

Alcides Ghiggia, autor do golo que deu título ao Uruguai no Maracanazo de 1950

Alcides Ghiggia, autor do golo que deu título ao Uruguai no Maracanazo de 1950

Alcides Ghiggia, o uruguaio que marcou o golo que deu o título mundial ao Uruguai em pleno Maracanã em 1950, morreu esta quinta-feira, aos 88 anos, devido a uma crise cardíaca, revelou a sua mulher Beatriz.

O ex-jogador desaparece, assim, no 65º aniversário do Maracanazo, a final do Mundial de 1950 disputada entre o Brasil e o Uruguai que foi uma das derrotas mais dolorosas de sempre na história do futebol brasileiro.

“Apenas três pessoas conseguiram fazer chorar o Maracanã, Frank Sinatra, o papa e eu”, tinha dito Ghiggia à estação de televisão brasileira Globo nos anos sessenta.

Numa altura em que Brasil e Uruguai estavam empatados 1-1, durante a final disputada a 17 de julho de 1950, o uruguaio anotou o tento que deixou mergulhados em lágrimas os cerca de 200 mil que assistiram ao encontro, a apenas 11 minutos do termo do jogo.

A derrota, apelidada de Maracanazo, transformou o jovem de 23 anos num herói nacional e alterou a sua vida.

Nascido a 22 de dezembro de 1926, iniciou a sua carreira no Penarol, uma das mais importantes equipas do Uruguai, sagrando-se campeão nacional em 1949 e 1951.

Graças ao feito, o campeão do mundo de 1950 tornou-se num dos raros jogadores sul-americanos que na altura atravessaram o Atlântico para tentar a sorte na Europa, tendo se transferido para os italianos da AS Roma.

De seguida, rumou para o AC Milan, clube no qual se sagrou campeão europeu em 1962/63, numa final em que os transalpinos derrotaram o bicampeão europeu Benfica por 2-1.

As suas performances permitiram-lhe ainda obter a nacionalidade italiana e, mais tarde, integrar a seleção transalpina. Regressou ao Uruguai aos 37 anos, para jogar no Danubio, retirando-se aos 42 anos.

O antigo internacional uruguaio morreu vítima de uma crise cardíaca, segundo confirmou à AFP a sua mulher Beatriz, e era o último sobrevivente das duas seleções que se defrontaram em 1950.

Futebol365 / Lusa

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