Diogo Freitas do Amaral morreu nesta quinta-feira aos 78 anos de idade. O fundador do CDS estava internado nos cuidados intermédios do Hospital da CUF, em Cascais, desde meados de Setembro.
As causas da morte do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros não foram ainda divulgadas, mas o Observador apurou que Freitas do Amaral morreu depois de uma paragem cardíaca.
O antigo presidente e fundador do CDS estava internado desde o dia 14 de Setembro, conforme transmitiu à agência Lusa fonte da sua família. O internamento terá sido motivado por hemorragias fortes em consequência de um cancro nos ossos, segundo revelou o Correio da Manhã.
No final de Junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado “Mais 35 anos de democracia – um percurso singular”, que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.
Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 recordou o seu “percurso singular” de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre “no quadro amplo” da democracia-cristã.
Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
ZAP // Lusa
Um grande senhor da democracia portuguesa. Quase que diria o ultimo Senador da democracia.
Estive do lado contrário nas presidenciais e durante seu percurso político, mas é um nome incontornável do pós-25 de Abril.
Tal como diz o António, eu também estive do lado oposto nas Presidenciais, embora nem votasse ainda. Mas sem dúvida… Um grande pedagogo, excelente académico e uma figura histórica incontornavel da democracia. Poderá quiça não ter sido o melhor exemplo de bravura política, no final da AD mas, sem dúvida um grande intelectual e com bom senso de justiça política.
O homem morreu, Deus o tenha, mas não é por isso que mudo a minha opinião em relação a este senhor. E por pouco positiva ser, fico com ela para mim, por respeito ao falecido.
Quando se houve à boca cheia que vivemos em democracia, que estão a morrer os pais, causa-me muita estranheza que só os pensionistas dourados, os administradores, os professores, a azeitarada do costume é convidada a dar opinião. Então e os outros, o tal povão que lhe deu votos? desapareceu?. Aquela gente que só pariu filhos para morrer em África ou fugirem da fome para qualquer parte e, que com o dito 25 de 74, ainda acreditaram que sim, era possível; esses que votaram no Freitas do Amaral, não são convidados?. Os outros que também lutaram para que sim, vão ter direito a um dia de luto nacional?
Pela parte que me toca desejo que esteja no lugar que merece e que se poupe na despedida.