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Desde março, morreram mais de 100 elefantes no Botsuana. Ninguém sabe porquê

As autoridades do Botsuana estão a investigar a morte de 110 elefantes na região do Delta do Okavango desde março, anunciou esta semana o Ministério do Meio Ambiente, Conservação de Recursos Naturais e Turismo daquele país africano.

As causas da morte não são ainda conhecidas, frisa o britânico Daily Mail.

Alguns espécimes foram encontrados sem vida a 11 de maio, tendo os seus corpos sido encontrados intactos, sem ferimentos, fator que descarta a hipótese de caça furtiva.

Análises posteriores descartaram também a possibilidade destes animais terem sido vítimas de uma infeção por antraz ou envenenados por humanos.

No final de maio, foram encontrados 54 elefantes mortos, menos de duas semanas depois de terem sido encontrados outros 12 sem vida, precisaram as autoridades. Os outros 44 espécimes foram encontrados durante o mês de março.

“Todas as carcaças recuperadas não mostram sinais de caça furtiva”, disse Dimakatso Ntshebe, diretor regional da vida selvagem do Governo de Botsuana, antes de descartar também uma situação de envenenamento. “Se fossem envenenados, alguns dos animais que se estavam a alimentar das carcaças poderiam ter morrido, coisa que não aconteceu”.

A pandemia de covid-19 está a dificultar os esforços para determinar a causa da morte destes animais, uma vez que a restrição de viagens atrasou o envio de amostras para um laboratório no Zimbábue, disse ainda Dimakatso Ntshebe.

Com 135.000 espécimes, o Botsuana tem a maior população de elefantes do mundo.

Nos últimos anos, nota a Bloomberg, os elefantes tornaram-se uma questão política no Botsuana. No ano passado, o presidente Mokgweetsi Masisi suspendeu a proibição de caça destes animais, dizendo que é necessário fazer mais para que estes animais que vivem no país não estraguem plantações agrícolas e, ocasionalmente, atropelem moradores.

ZAP //

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