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Jovem morre depois de chamar ambulância e ser gozada por operadora

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Naomi Musenga, de 22 anos, ligou a pedir ajuda, mas o seu pedido foi ignorado depois de o operador de serviço de emergência ter gozado com ela.

O caso polémico aconteceu no dia 27 de dezembro de 2017, mas só agora foi revelado, estando a causar uma onda de revolta em França. Esta semana foi divulgado o áudio da chamada telefónica de emergência entre Naomi Musenga e a telefonista, que lhe terá respondido com impaciência e “gozo”.

Segundo a BBC, a jovem de 22 anos ligou para a linha de emergência de Estrasburgo (SAMU) queixando-se de dores abdominais. “Vou morrer”, disse. “Definitivamente vai, como toda a gente um dia”, responderam-lhe do outro lado da linha.

A conversa terá demorado três minutos, e na gravação ouve-se a mulher, com voz fraca, a queixar-se, porém, com muitas dificuldades em explicar de forma mais concreta o que se estava a passar com ela. Naomi dizia estar “com muitas dores”. “Por favor, ajude-me, estou muito doente“, afirmou.

O assistente terá dito que não a conseguia ajudar porque Naomi não lhe dizia o que se estava a passar, tendo ameaçado desligar a chamada caso a jovem não conseguisse explicar. “Se não me disser o que se passa eu desligo“, ouviu Naomi, de uma voz com um tom mais irritado.

Na mesma gravação ouve-se quem atendeu o telefonema a “gozar” com a mulher juntamente com outro colega, explica o jornal francês Le Monde. Depois, o assistente aconselha Naomi a chamar o médico, tendo-lhe dado um número de outro serviço, o SOS Médecins, que envia médicos a casa.

A jovem não hesitou e contactou o serviço, tendo sido transportada para o hospital, onde acabou por falecer devido à falência de vários órgãos e hemorragias, na sequência de um ataque cardíaco.

O Ministério da Saúde francês já abriu um inquérito ao caso e Agnès Buzyn, ministra da saúde, mostrou-se indignada com a situação. Sabe-se ainda que o assistente em causa terá sido já suspenso.

Nas redes sociais o caso ganhou dimensão, tendo sido criada uma página no Facebook em que se pede justiça por Naomi Musenga. #JusticePourNaomi é também o nome da hashtag que tem sido utilizada por milhares de utilizadores do Twitter.

ZAP //

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2 Comments

  1. Não é só em França. Comigo, em Portugal, aconteceu situação idêntica só que o final, felizmente, não teve o mesmo desfecho. Apesar de ter feito uma queixa contra esse serviço de emergência médica, informaram-me que a operadora tinha actuado de forma profissional… Na primeira chamada que fiz para um coma hipoglicémico com perda de consciência de minha filha diabética tipo 1, desligaram-me a chamada. Na nova chamada, a mesma operadora atendeu-me com modos rançosos e inqualificáveis para quem desempenha tais funções de atendimento a emergências. Infelizmente é o que existe em qualquer parte do Mundo. Há bons e há rançosos profissionais sejam eles em que áreas forem.

    • O que são “modos rançosos”?!
      Diz que foi atendido do “mesmo modo” mas depois não explica absolutamente nada!…
      Vale o que vale…

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