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Moreirense 0-0 Sporting | Nulo em jogo de pólvora seca

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A 30ª jornada fechou no Minho com um nulo entre Moreirense e Sporting, que continua sem derrotas sob o comando de Rúben Amorim.

A formação leonina poderia muito bem ter vencido em Moreira de Cónegos, pois dominou amplamente e atacou mais, em especial na segunda parte, na qual jogou grande parte do tempo com um jogador a mais, por expulsão de Rafik Halliche. Porém, realizar 14 remates e só enquadrar 2 acaba por ser pouco e explicar o nulo.

 

O jogo explicado em números

  • Marcos Acuña, Rodrigo Battaglia e Neto foram as novidades na equipa do Sporting, saindo Nuno Mendes, Wendel e Eduardo Quaresma. Mudanças um dia depois de Rúben Amorim ter assegurado, em conferência de imprensa, que “o Sporting vai perder um dia, mas não é neste jogo”.
  • Primeiro quarto-de-hora algo confuso, com o Sporting a mandar nas operações e na posse, com 61%, mas a apostar muito no futebol directo para a velocidade de Jovane Cabral e Gonzalo Plata. Assim, os lances de perigo eram quase nulos, com cada equipa a registar um remate, nenhum enquadrado.
  • Fábio Abreu serviu Filipe Soares para um remate acrobático deste último aos 29 minutos, naquele que foi o grande lance de perigo da partida até então. Porém o disparo saiu por cima. A meia-hora chegava ainda sem um pendor de jogo definido, com equilíbrio total em termos de posse de bola, mas com os da casa a somarem já três disparos (desenquadrados), contra o tal solitário do “leão”, que teimava em não conseguir pegar nas rédeas da partida.
  • Fábio Abreu, que criou uma ocasião flagrante (a tal de Filipe Soares) liderava os ratings aos 30 minutos, enquanto do lado leonino, Matheus Nunes, com três duelos aéreos ganhos e três intercepções, era o mais esclarecido. Contudo, não mais do que isso, pois não havia ninguém capaz de colocar a bola no chão e desenhar um lance com princípio, meio e fim.
  • O nulo no final do primeiro tempo era um espelho fiel do que se passara até então em Moreira de Cónegos. Muita luta, pouca criatividade e ligação entre os sectores no momento de construir lances de ataque, com um certo equilíbrio nas operações, mas um Moreirense mais atrevido.
  • O melhor em campo era Fábio Abreu, com  GoalPoint Rating de 6.1, fruto de uma ocasião flagrante criada e quatro faltas sofridas, uma delas em zona de perigo.
  • O Sporting entrou mais afoito no arranque do segundo tempo e, aos 51 minutos, viu-se em superioridade numérica. Rafik Halliche fez falta sobre Plata quando este se ia isolar e viu o cartão vermelho directo. E a partir deste momento o domínio leonino efectivou-se com maior naturalidade. Chegada a hora de jogo os “leões” registavam 68% de posse de bola desde o descanso, bem como os dois únicos remates, ambos desenquadrados.

Octávio Passos / Lusa

  • O primeiro remate enquadrado do jogo apenas surgiu aos 69 minutos, quando Andraz Sporar, já de ângulo apertado, obrigou Mateus Pasinato a uma boa defesa. Nesta fase praticamente só dava Sporting, com os “leões” a registarem 72% de posse, quatro remates no segundo tempo, mas só quatro acções com bola na área contrária desde o descanso. Ainda assim mais do que os da casa, que só somavam uma.
  • Bom jogo de Neto, regressado às opções do Sporting. A incapacidade minhota em criar perigo passava muito pela solidez do central luso, que registava oito acções defensivas, mas também 92% de eficácia de passe e 12 passes progressivos certos. Mas era no ataque que a equipa de Rúben Amorim precisava de inspiração, e essa tardava.
  • O jogo passou a ter apenas um sentido, o da baliza do Moreirense, mas sem que o Sporting tivesse a tranquilidade para construir lances de perigo e ultrapassar a organização defensiva contrária, apesar do visível “efeito Wendel” nos últimos minutos. Assim, o resultado não sofreria alterações, apesar dos 11 remates do Sporting no segundo tempo, dois deles enquadrados.

 

O melhor em campo GoalPoint

O brasileiro começou o jogo no banco, talvez para surpresa de muitos, mas acabou por fazer a última meia-hora, com grande qualidade.

Wendel foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.3, coc

Jogadores em foco

  • Gonzalo Plata 6.2 – Bom jogo do equatoriano, apesar de ter mostrado mais “vertigem” que boas decisões. Ainda assim completou as duas únicas tentativas de drible, fez sete recuperações de posse e sofreu cinco faltas (duas em zona perigosa), máximo a par de Fábio Abreu.
  • Fábio Abreu 5.9 – O avançado angolano do Moreirense foi o melhor da sua equipa, pelas tais cinco faltas sofridas (uma em zona de perigo), mas também por ter criado uma ocasião flagrante, coisa rara perante a pouca acutilância ofensiva da sua equipa ao longo do jogo.
  • Marcus Acuña 6.2 – O argentino está de regresso após lesão e mostrou a competência do costume. Nove passes longos certos em 11, 13 passes progressivos eficazes, dois duelos aéreos ganhos (100%) e sete recuperações de posse.
  • Nuno Mendes 6.0 – Tal como Wendel, começou no banco e fez a última meia-hora, e também abanou com o jogo. O jovem fez três passes para finalização, sete cruzamentos (um eficaz), completou 27 dos 30 passes que realizou e fez três alívios.
  • Neto 6.0 – Outro regresso ao “onze” e bem positivo. O central luso completou 90% dos 89 passes que fez, acertou oito de 12 longos e 13 progressivos, e registou o máximo de acções com bola, nada menos que 105. Esteve sólido na retaguarda, com 11 acções com bola, com destaque para quatro desarmes.
  • Sebastián Coates 5.8 – A solidez do costume, num jogo em que teve pouco trabalho defensivo, em especial na segunda parte. Com 93% de eficácia de passe, o uruguaio ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos e oito acções defensivas, com três desarmes a destacar.

 

Resumo

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