“Há petróleo no largo do Rato”. Montenegro anuncia o que não fará como primeiro-ministro

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Luís Montenegro

Críticas às promessas de Pedro Nuno e um aviso: um Governo da AD não vai ceder às exigências de toda a gente. “Isso não é governar”.

Luís Montenegro não vai ceder a tudo e a todos, se for eleito primeiro-ministro.

“Quero aqui dizer olhos nos olhos aos portugueses: se aquilo que procuram é um primeiro-ministro que vai responder ‘sim’ a todas as reivindicações, agora que está a cinco ou seis semanas das eleições, se é esse primeiro-ministro que procuram, eu não sou esse primeiro-ministro“.

O presidente do PSD respeita as reivindicações de diversos grupos de trabalhadores (enfermeiros, oficiais de Justiça, polícias…) e disse que já se mostrou disponível para se sentar com os representantes e analisar a sua situação.

No entanto, reforçou: “Não vou, não vou mesmo, dar razão a todas as reivindicações destas pessoas. Isso não é governar. Peço muita desculpa mas quem quiser governar assim o país, vai ter de escolher outra opção”.

Montenegro, que falava num encontro da Aliança Democrática no Luso, criticou as promessas de Pedro Nuno Santos, que são um “exagero completo”.

E explicou: repor o tempo de serviço completo dos professores (proposta do PSD), para o PS, era “impossível, irrealizável” antes da demissão de António Costa; agora as mesmas pessoas do PSD “passaram também a defender essa proposta”.

“A parte do exagero chega quando alguém tem a desfaçatez de vir anunciar, propor, o fim de pagamento de taxas de portagens quando tinha a responsabilidade de executar uma decisão tomada no Parlamento por iniciativa do PSD, que não era de eliminação no pagamento, era de redução do pagamento, e nem essa foi capaz de implementar”.

Com esta aparente inversão de intenções no PS, Luís Montenegro atirou: “É caso para dizer que há petróleo no largo do Rato [sede do PS]. De repente é possível dar tudo a todos“.

Para Luís Montenegro, o essencial no novo Governo será a credibilidade: “Hoje a palavra que mais e ocorre é a palavra credibilidade. Ela está no centro daquilo que os eleitores portugueses, os nossos concidadãos esperam de quem se propõe governar o país”.

E, onde se “joga também a credibilidade” é em falar na rua com os cidadãos, para conquistar a sua confiança. “Mas, por favor, não se prestem a esta figura de andar a prometer tudo a todos. Prometer tudo a todos não é solução para o país“, destacou, dirigindo-se a outros militantes da AD.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

3 Comments

  1. O sr. não se enxerga! É francamente pobre e sem nexo o seu “discurso”. Meu caro senhor, não há petróleo no Rato, isso é verdade, o que há é todo um conhecimento do país e de como será possível melhorar, cada vez mais, as condições de vida dos portugueses.
    O seu programa económico é uma miséria, pois além de não ser exequível não é viável.

  2. Este discurso faz-me lembrar o de um certo côdeas há mais de uma dezena de anos atrás . Está cada vez mais parecido, mas Montenegro nada ganha com isso. O seu destino está traçado a régua e esquadro, a cama está feita pelos seus pares, quer ganhe quer perca.
    Não obstante a esperteza saloia da tramóia, esquecem um “ligeiro” pormaior. …
    A vitória da esquerda, una prenda de aniversário ao 25 de Abril, vai deixá-los reduzidos à sua insignificância.
    Em frente, que atrás vem gente!

  3. Notícia de última hora:
    Portugal foge à recessão com crescimento de 2,3% na economia, em 2023,
    (0,1 acima das previsões do governo).
    No Largo do Rato há melhor que petróleo.
    Há valores e competência,

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