/

Moedas usa o nome de Sócrates para atacar Medina. PS acusa-o de “tirar proveito“ das buscas na CML

7

Miguel A. Lopes / Lusa

O ex-comissário europeu Carlos Moedas

Numa altura em que a corrida autárquica se torna cada vez mais feroz, depois de serem conhecidos os motivos das buscas à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas enviou um comunicado às redações em que se lia o nome de José Sócrates.

O candidato da coligação PSD/CDS não perdeu tempo em lançar farpas aos seus adversários, após serem conhecidas suspeitas de corrupção na autarquia lisboeta – e foi buscar um dos nomes que mais tem assombrado a conduta socialista nos últimos tempos.

“Não são apenas os comportamentos do ex-primeiro-ministro José Sócrates que corroem o funcionamento da democracia”, escreveu Moedas no comunicado, ao qual o Expresso teve acesso, antes de se mostrar preocupado com a “suspeita em volta da atuação política na CML [Câmara de Lisboa]”.

Perante as acusações, a concelhia de Lisboa do PS responde em tom de ataque: “Em tão pouco tempo, já desistiu de apresentar ideias, ou do que garante repetidamente ser uma nova forma de fazer política, pela positiva”, lê-se na nota.

O PS lisboeta sugere que “os auto-proclamados ‘novos tempos’ trouxeram afinal o pior da velha política”, acrescentando que Carlos Moedas fica assim “apresentado aos lisboetas”.

No seu comunicado, Moedas tornou clara a comparação entre o caso Sócrates e as buscas na Câmara, ao dizer que estas levam a uma potencial “perda de toda a credibilidade” da autarquia junto dos munícipes.

Sobre isto, os socialistas dizem que o candidato se apresenta com a falta de ideias sobre “o futuro da cidade em mais de dois meses de campanha”, vendo nas palavras de Moedas um recurso “às insinuações” e uma tentativa de “tirar proveito de um processo de recolha de informação, na sequência de denúncias e sem que alguém tenha sido constituído arguido”.

O PS de Lisboa reforça ainda uma ideia repetida por Fernando Medina, de que parte das denúncias que constam da agora designada “Operação Olissipus”, foram feitas pelo próprio executivo.

É o caso do negócio das obras para a Segunda Circular, que a CML fez cair e será, garantiu o autarca, o da piscina da Penha de França. Já as restantes investigações partiram de outras denúncias ou do próprio Ministério Público.

A “Operação Olissipus” envolve suspeitas de “abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção, prevaricação, violação de regras urbanísticas e tráfico de influências”, segundo a Polícia Judiciária.

O caso tem o arquiteto Manuel Salgado, ex-vereador da Câmara de Lisboa e primo de Ricardo Salgado, no centro de uma teia de suspeitas.

Ana Isabel Moura, ZAP //

7 Comments

  1. Muito bem nao sendo apoiante de qualquer um desses senhores a maquina do PS ja esta em andamento, nao foi esta maquina (PS) que chamou Moedas a uma comissao Parlamentar de Inquerito? sao ambos PUROS.

  2. Não esquecer que o Medina foi secretário de estado do Sócrates e tinha como sub-secretário de estado o Rui Pedro Soares…

    • Rui Pedro Soares?
      Está a referir-se ao presidente do Belenenses SAD e que foi administrador da PT?
      Se é esse, deve haver engano.
      Não me lembro de ter sido membro do governo.
      Se estiver enganado darei a mão à palmatória, mas não me lembro nada disso.
      Talvez os jornalistas do ZAP possam confirmar…

  3. Escolhido por Rui Rio por as qualidades de Pau mandado, Não era de esperar mais de um candidato tao fraco e tao comprometido com a politica de Passos Coelho, com o governo que nos roubava tudo não fosse a criação da geringonça ficaríamos todos nus, sem ferias, sem feriados, sem reformas, sem trabalho, totalmente depenados onde dizia o Portas que quem tinha 1000€ no benco já era Milionário.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.