Mistério cósmico resolvido: já sabemos como os exames de galáxias se mantém quentes

XRISM

Os enxames de galáxias são compostos por gás que contém “sobras” do Big Bang. Mas porque é que este não arrefece? O segredo está no “sloshing”.

As galáxias são mantidas em aglomerados devido à atração gravitacional da matéria escura. No interior desses enxames, o gás (composto por hidrogénio e hélio que sobraram do Big Bang) é sobreaquecido a dezenas de milhões de graus.

Agora, através da missão XRISM/Resolve, foi possível medir esse gás quente. A conclusão, publicada em fevereiro num estudo na revista Nature, revelou que esse gás está em movimento, “balançando” para a frente e para trás em resposta a colisões e fusões anteriores com outros enxames.

De acordo com a SchiTechDaily, esta investigação desbloqueou um grande mistério cósmico, que dá novas informações sobre a evolução da maiores estruturas do Universo.

Teoricamente, o gás devias, no entanto, ir perdendo energia e arrefecendo (o chamado arrefecimento radioativo). No entanto, pelo contrário, este gás mantém-se quente. Porquê?

O gás quente no centro no Aglomeado Centaurus flui em direção à Terra a velocidades de 130 a 310 km por segundo. Assim permitiu perceber o Resolve, com uma resolução energética cerca de 30 vezes superior à dos instrumentos convencionais.

Esse movimento oscilatório, o “sloshing”, provocado precisamente pelas fusões e colisões que ocorreram no passado, agita o gás quente em redor, o que o impede de arrefecer, acreditam agora os cientistas.

O Aglomerado Centaurus sofreu múltiplas interações com aglomerados mais pequenos, e o gás quente no seu núcleo ainda oscila devido a estas colisões passadas.

Esrta investigação pode ainda ajudar-nos a compreender a formação e evolução de outros corpos celestes no Universo.

ZAP //

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