Manifestantes indignados com a morte de George Floyd, um afro-americano que morreu sob custódia policial, invadiram uma esquadra da polícia em Minneapolis e incendiaram o local, disseram as forças de segurança.
Um porta-voz da polícia desta cidade, no estado norte-americano de Minnesota, confirmou que a terceira esquadra, situada perto do local onde George Floyd morreu, foi evacuada “no interesse da segurança do pessoal”. O incidente deu-se pouco depois das 22h00 desta quinta-feira (05h00 de hoje em Lisboa).
Num vídeo divulgado online, um grupo de pessoas entra no edifício, fazendo disparar os alarmes de incêndio e os aspersores usados no combate às chamas.
A cidade registou ainda três dezenas de incêndios noutros locais e o saque de várias lojas, a maioria perto do local onde o afro-americano morreu. Num centro comercial em frente à terceira esquadra, as montras de quase todas as lojas foram estilhaçadas, com manifestantes a atirarem manequins de uma loja saqueada para dentro de um automóvel em chamas, em cenas de violência que se multiplicaram noutras partes da cidade.
Dezenas de empresas em Minneapolis entaiparam as montras na quinta-feira, num esforço para evitar pilhagens, com a cadeia de lojas Target a anunciar o encerramento temporário de duas dúzias de estabelecimentos na zona. As autoridades da localidade encerraram a maioria dos transportes no domingo passado, por razões de segurança.
Os protestos contra a morte de George Floyd, que entraram no terceiro dia consecutivo, alastraram-se também a St. Paul, capital do estado do Minnesota, com a polícia a tentar impedir o saque de lojas e os bombeiros a serem chamados para combater incêndios.
Na quinta-feira à noite, em St. Paul, nuvens de fumo pairavam no ar, enquanto a polícia, armada com bastões e máscaras de gás, vigiava os manifestantes na maior rua comercial da cidade. As forças de segurança tentaram impedir manifestantes de saquear um armazém Target, havendo registo de muitas montras partidas.
No Twitter, a Guarda Nacional do Minnesota anunciou que mobilizou 500 soldados para St. Paul, Minneapolis e comunidades próximas para “proteger a vida, preservar a propriedade e o direito a protestos pacíficos”.
Os protestos espalharam-se também a outras zonas do país. Em Nova Iorque, apesar da pandemia de covid-19, manifestantes organizaram concentrações públicas na quinta-feira, em alguns casos com confrontos policiais. Em Denver, manifestantes bloquearam o trânsito no centro da cidade.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, já reagiu a estes incidentes violentos na sua conta do Twitter. “Não consigo ver isto acontecer a uma cidade americana tão boa, Minneapolis. Uma falta total de liderança. Ou o autarca muito fraco da esquerda radical, Jacob Frey, faz alguma coisa e devolve o controlo à cidade, ou envio a Guarda Nacional e tratam do assunto”.
“Estes bandidos estão a desonrar a memória de George Floyd e eu não vou deixar que isso aconteça. Acabei de falar com o governador Tim Waltz e disse-lhe que pode contar com os militares. Assim que aconteça qualquer dificuldade, nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam. Obrigada!”, escreveu.
Entretanto, o Twitter assinalou esta mensagem do Presidente como apologia à violência, sendo o mais recente capítulo da guerra entre o chefe de Estado e a rede social de Jack Dorsey.
Segundo o Observador, numa conferência de imprensa, Frey respondeu ao Presidente, dizendo que não tem tempo para “tweetar lixo”. “Fraqueza é apontar o dedo a outra pessoa durante uma crise. Donald Trump nada sabe sobre a força de Minneapolis. Somos fortes, e podem ter a certeza que vamos ultrapassar isto”, acrescentou.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu, na noite de segunda-feira, em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens se tornaram virais.
Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos.
A polícia alegou que o homem resistiu à prisão, mas novas imagens captadas pelas câmaras do restaurante em frente ao qual ocorreu a detenção mostraram Floyd a ser conduzido para a viatura policial, de mãos algemadas nas costas e sem oferecer resistência.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos e as autoridades locais e federais estão a investigar o incidente, mas ainda não houve acusações.
Na quinta-feira, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, condenou o caso, apelando às autoridades para adotarem “medidas sérias” para pôr termo a estas mortes de afro-americanos.
“Esta foi a última de uma longa série de mortes de afro-americanos não armados cometidas por polícias norte-americanos e autojusticeiros (…). As autoridades norte-americanas devem tomar medidas sérias para pôr termo a estas mortes e assegurar que seja feita justiça quando ocorrem”, indicou Bachelet em comunicado.
ZAP // Lusa
Que pena , não estarem lá dentro os policias ,que provocaram esta morte !!!
Que pena não estar lá o o big tramp….
Acabava-se tudo duma vez , se cometeu crime deve ser condenado !! Mas morto em publico ??? Estamos
no Paquistão outro pais parecido ??? Não !!!! Eu sei que há muitos agentes tanto lá como cá , que são
racistas . Todos nós sabemos . Mas este /estes policias , devem ser todos descendentes de antigas/actuais
famílias com ligações ao KKK , só pode . Esse país está em vias de perdição !!
Goste-se ou não de todas as pessoas diferentes de nós , ninguém tem direito a matar outro sem ser
julgado . Também não gosto de muita coisa , …. e não é por isso que acho bem !!
Cuidem-se