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Ministro japonês abdica de um ano de salário depois de escândalo de corrupção

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World Economic Forum / Flickr

O ministro das Finanças e vice primeiro ministro do Japão, Taro Aso

Taro Aso mostrou-se arrependido mas recusa demitir-se. Em causa está um escândalo de falsificação de documentos e favorecimento ilícito.

Taro Aso, ministro das Finanças do Japão, anunciou que vai abdicar de um ano de vencimento, depois de um escândalo de falsificação de documentos e de favorecimento ilícito ter vindo a público, em março deste ano.

“Entrego voluntariamente 12 meses do salário de ministro, enquanto este problema continuar a abalar a confiança do público no meu Ministério e em toda a administração” japonesa, declarou o ministro japonês à imprensa.

As revelações sobre este escândalo, em março, têm abalado fortemente o Governo chefiado pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe.

Os nomes do primeiro-ministro e da mulher, Akie Abe, assim como do próprio Taro Aso foram removidos de documentos relacionados com a venda de um terreno do Estado a favor de uma instituição educativa privada.

Os registos manipulados versam sobre um acordo alcançado em 2016 para vender, a cerca de um décimo do seu valor de mercado, um terreno propriedade estatal em Psaka (oeste) à Moritomo Gakuem, uma controversa instituição ligada à área da educação que promovia ideias ultranacionalistas e que tinha ligações a Abe e à sua mulher, Akie Abe.

“Os documentos administrativos oficiais nunca deviam ter sido alterados antes de serem apresentados ao Parlamento e por isso estou arrependido”, sublinhou o ministro das Finanças.

Taro Aso, que recusou demitir-se, recebe cerca de 30 milhões de ienes, cerca de 235 mil euros por ano. Membro de uma família de industriais, Aso é um dos governantes mais abastados do Governo japonês.

Este caso levou ainda à aplicação de sanções a 20 membros do Ministério, muitos dos quais viram os salários reduzidos.

De acordo com as últimas sondagens, a popularidade de Shinzo Abe caiu para os 40%, o que poderá pôr em perigo a reeleição, em setembro, para um terceiro mandato à frente do Partido Liberal Democrático (PDL).

ZAP // Lusa

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