O ministro da Irlanda do Norte Julian Smith foi afastado do cargo, sendo a primeira baixa do governo de Boris Johnson. Esperam-se outras nas próximas 24 horas, depois de o primeiro-ministro ter vencido nas legislativas de 12 de dezembro e de o Reino Unido ter saído da União Europeia (UE), a 31 de janeiro.
“Servir o povo da Irlanda do Norte foi um enorme privilégio. Estou extremamente grato a Boris Johnson por me ter dado a oportunidade de servir esta parte incrível do nosso país. A cordialidade e o apoio das pessoas da Irlanda do Norte tem sido incríveis. Obrigado por tudo”, escreveu o conservador no Twitter.
O Guardian, citando fonte próxima do governo, indicou que, com a remodelação governamental, Boris pretende “promover uma geração de talentos”. Por outro lado, “recompensará os parlamentares que trabalharam duro para cumprir as prioridades deste governo”, referiu a mesma fonte.
Outra saída é a do ministro das Universidades, Chris Skidmore, não sendo claro se saiu voluntariamente ou se foi afastado. No Twitter, anunciou que foi promovido a “melhor pai”.
A ministra da Habitação, Esther McVey, já confirmou que também foi demitida.
Ministro das Finanças demite-se
O ministro das Finanças britânico, Sajid Javid, demitiu-se esta quinta-feira, depois de rejeitar os termos que lhe foram impostos por Boris Johnson para se manter no Governo.
De acordo com a BBC, Javid não aceitou dispensar todos os seus conselheiros, como foi exigido por Boris, por causa dos diferendos entre aqueles e a equipa mais próxima do primeiro-ministro. Apesar de conhecido o braço-de-ferro entre Downing Street e os conselheiros, a saída do responsável pelas Finanças não era expetável.
À exceção de Sajid Javid, Dominic Raab (Negócios Estrangeiros), Priti Patel (Interior), Michael Gove (“número 2” do Governo) e Jacob Rees-Mogg (líder da Câmara dos Comuns), devem permanecer nos seus respetivos postos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, Rishi Sunak, atual secretário de Estado do Tesouro, vai substituir Sajid Javid na pasta das Finanças.