O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse hoje esperar que as agências de notação financeira melhorem o ‘rating’ de Portugal “ainda neste ou no próximo ano”, lembrando os números positivos da economia, do emprego e do défice.
Em declarações aos jornalistas no final das intervenções que fez hoje na conferência Horasis Global Meeting, que decorre até terça-feira em Cascais, perto de Lisboa, Caldeira Cabral vincou que “os números do défice, do crescimento económico e do emprego este ano justificam, naquilo que é a análise normal dos ‘ratings’ [avaliação], uma revisão”.
Para o ministro, que disse ter já tido reuniões com várias agências de ‘rating’ este ano, estes dados justificam uma revisão, a começar pela Perspetiva de Evolução, já no segundo semestre, e depois numa revisão em alta, no princípio de 2018.
“Não estamos a pedir nem defender que nos façam um favor, mas só uma análise justa e hoje Portugal está em melhor situação, com números muito mais positivos”, disse o ministro, vincando que “os números são mais positivos e justificam uma revisão do ‘rating’.
Questionado sobre os indicadores positivos mais favoráveis e a lentidão no processo de subida da avaliação da qualidade do crédito soberano, Caldeira Cabral respondeu que “isso já se nota no tom mais positivo que está expresso nos relatórios internacionais sobre Portugal”, mas admitiu que “ainda falta refletir essas melhorias no ‘rating’“.
Segundo o governante, “há algum conservadorismo” das agências de ‘rating’ na mudança destas avaliações, que, disse com humor, “quando é para descer parece que vão de elevador, mas quando é para subir parece que vão de escadas”.
Estas instituições, concluiu, “demoram um certo tempo, mas os números já são suficientemente sólidos e os do terceiro trimestre vão confirmar a solidez do crescimento, e serão suficientes para começar o processo de subida do ‘rating’, que demorará o seu tempo, mas deverá acontecer”.
// Lusa