Em causa estão suspeitas de benefícios fiscais concedidos ao PSG no âmbito da transferência recordista do craque brasileiro para Paris.
O Ministério da Economia e Finanças francês foi alvo de buscas no âmbito da investigação sobre suspeitas de benefícios fiscais concedidos ao PSG durante a transferência de Neymar para o clube, disse esta quinta-feira fonte próxima do processo.
As operações, reveladas pelo site Mediapart, foram realizadas na segunda-feira por polícias do gabinete central de combate à corrupção e fraude fiscal da direção nacional da polícia judiciária nas instalações da Direção Geral das Finanças Públicas (DGFiP, na sigla francesa), confirmou a mesma fonte.
Gérald Darmanin, atual ministro do Interior e ex-ministro das Contas Públicas, e o seu ex-chefe de gabinete, Jérôme Fournel, são suspeitos de terem ajudado o clube parisiense a evitar o pagamento de impostos sobre a transferência de Neymar.
As contas avançadas pela mesma publicação indicam que o Fisco poderia ter cobrado entre 67 milhões e 224 milhões de euros, dado que não se tratou diretamente de um pagamento da cláusula de rescisão ao Barcelona, mas antes de um pagamento ao jogador que lhe permitisse ele próprio pagar a cláusula.
Darmanin já reagiu às buscas, preferindo focar-se no impacto positivo que a ida do brasileiro para o PSG teve no futebol francês. “Fico muito feliz por jogadores de futebol ou râguebi virem para o nosso país e pagarem muitos impostos. Se o Neymar não tivesse vindo, nenhum imposto teria sido pago, nenhuma camisola com o seu nome teria sido vendida e não teria existido qualquer contribuição”, defende.
Neymar foi transferido do Barcelona para o Paris Saint-Germain em 2017 por 222 milhões de euros, a transferência mais cara da história do futebol.
ZAP // Lusa