Mário Cruz / Lusa
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho
O Ministério da Defesa foi, esta quarta-feira, alvo de um ataque informático que levou à suspensão dos sistemas informáticos. Não foi roubada nenhuma informação de valor.
O Centro de Ciberdefesa das Forças Armadas conseguiu travar com sucesso um ataque informático aos sistemas do Ministério da Defesa. É desconhecida a identidade do grupo responsável pelo ataque, que recorreu a emails enviados a funcionários civis e militares na tentativa de aceder ao sistema informático do Ministério.
Este esquema é tipicamente conhecido como phishing: uma tentativa fraudulenta, via email, de obter informações confidenciais como nomes de utilizador, senhas e detalhes de cartão de crédito, em que o pirata informático se disfarça de uma entidade credível.
O Correio da Manhã escreve que a informação foi partilhada esta quarta-feira pelas próprias Forças Armadas.
Embora não haja registo de que tenham sido retiradas informações, alguns setores do ministério da Defesa estiveram parados por causa do ciberataque, adianta o DN. Devido à reação rápida do Centro de Ciberdefesa, o ataque acabou por não surtir o efeito desejado pelos criminosos.
Por sua vez, o CM diz que foram descarregados mais de 3,5 gigabytes de informações, mas não terão sido afetadas as redes seguras e classificadas.
“A inoperacionalidade temporária resultou dos sistemas de defesa terem fechado os serviços sob ataque até isolar as fontes desse ataque”, explicou uma fonte próxima ao caso em declarações ao Diário de Notícias.
Este não é um caso único no Ministério da Defesa. Um alto responsável das Forças Armadas salientou ao jornal que estes “ataques são diários e cada vez mais sofisticados” e há “todos os dias centenas de tentativas de penetração nos sistemas de defesa”.
