Militares no ativo treinaram grupos neonazis para uma guerra civil

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Allied Joint Force Command Brunssum / Wikipedia

Militares do Exército Português em exercícios da NATO

Em 2023, o grupo neonazi 1143 foi orientado por militares no ativo com armas de fogo em treinos para um cenário de guerra civil.

Uma investigação do Expresso revelou que elementos ligados a movimentos de extrema-direita em Portugal, como o Grupo 1143 e o extinto Nova Ordem Social (NOS) de Mário Machado, terão participado em treinos com armas de fogo ministrados por ex-militares e até militares no ativo.

Os exercícios, realizados no início de 2023, visavam preparar os participantes para um cenário de guerra civil e incluíam treino com armas longas e curtas, além de táticas de combate em terreno.

Apesar de atualmente o Grupo 1143 promover jogos de airsoft com réplicas de armas que disparam balas de plástico, as autoridades suspeitam que armas reais possam ter sido usadas em treinos anteriores. Estas ações estão a preocupar os serviços de segurança, especialmente pelas indicações de que há militares e membros das forças de segurança envolvidos com os extremistas.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) afirmou ao Expresso estar atento a “situações irregulares ou ilegais” envolvendo militares e reforça que integrar movimentos extremistas é incompatível com os valores e deveres das Forças Armadas.

A revelação dos treinos veio de um antigo membro do NOS e do Grupo 1143 que agora integra o Movimento Armilar Lusitano (MAL), grupo cuja liderança foi detida recentemente numa operação da Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária (UNCT). As comunicações intercetadas pela PJ mostram que os líderes do MAL planeavam usar o seu arsenal para possíveis ataques terroristas em território nacional, à semelhança de grupos neonazis estrangeiros.

As investigações apontam ainda para a existência de uma rede de tráfico de armas entre diferentes grupos neonazis. Estas armas eram, até há pouco tempo, utilizadas sobretudo em atividades criminais como segurança ilegal, extorsão e tráfico de droga.

As armas brancas também continuam a ser um instrumento utilizado por estes grupos em manifestações e confrontos de rua, particularmente contra minorias e grupos antifascistas. As autoridades estão igualmente a investigar a alegada colaboração de pelo menos uma dezena de elementos da PSP, GNR e Forças Armadas com o MAL, sendo o grupo liderado por um agente da PSP.

ZAP //

4 Comments

  1. não abram os olhinhos não, e continuem a falar de ‘extrema esquerda’ (que nem existe mais, acabou com o 25 de abril) e deixam passar isto em branco que não tarda temos mesmo uma guerra civil.

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  2. Urge cada x mais travar a extrema direita… Isto é só um sinal do q realmente eles querem atingir e Não será (certamente) o bem da nação! Só os ignorantes ainda acreditam nisso!

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  3. Sou contra qualquer atos extremistas, sejam da esquerda sejam da direita, mas que daqui a poucos anos o, verdadeiro, Português vai ter que lutar com armas contra os radicais Muçulmanos, não tenham dúvidas.

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